dezembro 31, 2006

Obrigada!

#
Não vou escrever nenhum texto engraçadinho desta vez. Estou aqui para agradecer. Às vezes a gente esquece de dizer obrigada, de botar pra fora a gratidão e felicidade que tenho com cada comentário que vocês deixam por aqui, com cada clique que meu contador delata. É isso aí, muuuuito obrigada a todos que de alguma forma fazem parte desse universo do Balaio! Anônimos, velhos conhecidos, novos leitores, são todos muito especiais.

Peço licença, mas eu pre-ci-so destacar algumas pessoas que foram cruciais na história desse blog:

Ju, se não fosse você ter posto aquele primeiro comentário anônimo lá no comecinho do Balaio eu não saberia que tinha leitores e talvez não seguisse escrevendo. Thanks do fundo do coração! Sei que agora você está apaixonada e não tem mais tempo para mim, mas te desejo toda a felicidade do mundo mesmo assim.

Lia, minha colega no Gente, foi horrível!, graças a indicação dessa louca que só tinha me visto uma vez na vida, numa dinâmica de grupo que eu caí de pára-quedas, hoje eu tenho um ganha-pão. Linda, você sabe que é meu anjo da guarda! Tudo de bom, mil beijos pra ti!

Giba, outro anjo, outro louco. Eu, recém-formada, não tinha currículo em jornalismo e este homem leu o blog, gostou dos textos e apostou em mim. Um ola para o coolhunter do ano! Muito sucesso, Giba, sou tua fã e vou ser eternamente grata!

Marcão, o que dizer desse evangelizador, gerador de tendências na blogsfera? Depois que incluiu nos links e comentou sobre o Balaio S/A no Jesus, me chicoteia! causou o milagre da multiplicação dos cliques por aqui, uma bênção!

Mariana, essa guria nem me conhece pessoalmente, mas sabe-se lá o porquê achou o blog interessante e incluiu no seu TCC de jornalismo da USP. Obrigada, querida! Me sinto lisonjeada com a participação.

Christian, “namoradinho” hahaha! Descobri esse ano o amigão que tu era. O teu crédito no meu TCC tá guardado, mas já adianto meus agradecimentos aqui por toda a força que me deu, me ajudando a resolver problemas “técnicos” e me resgatando pelas confusas ruas de Guarulhos. Obrigadão!

Eu não inspirei o David Coimbra perambulando pela redação da Zero em 2004, mas surpreendentemente ouvi de algumas pessoas que se inspiraram na minha experiência com o Balaio para se aventurarem no mundo dos textos. Fico muito satisfeita de ter dado, mesmo sem querer, esse empurrãozinho.

Coleguinhas ativas de blog: Gabi, Jé, Rô. Gente, foi liiiindo! Heheheh Deus me livre fazer fofoca, mas o nosso blog foi um sucesso, “o mais engraçado dos últimos tempos”, segundo a Anna.

Pessoal, todo mundo é muito importante para mim. Gostaria de agradecer a cada um se fosse possível, mas não faço idéia de quem acessa o blog. Pra tentar acabar um pouco com esse anonimato, proponho uma espécie de guestbook 2006. Quem passou por aqui em esse ano deixa um recadinho nos comentários ou me envia um e-mail mesmo. Um mero oi é basta para deixar essa blogueira contente.

Feliz 2007 para todos nós!

dezembro 26, 2006

Eu, musa

#
Chegando próximo ao final do livro me dei conta de que poderia ser uma das personagens. Corri para ver a data de publicação nas primeiras páginas. Estava lá escrito: Ano 2005 e informava na mesma página: “Essas crônicas forma publicadas no jornal Zero Hora entre janeiro de 2003 e agosto de 2005”.

Puxa! Eu realmente tinha alguma chance de ser personagem daquele livro. Havia passado uma temporada acompanhando a redação da Zero em 2004, às vésperas das eleições. Monografia do curso de jornalismo da saudosa Famecos. Trabalho duro aquele. Tinha que passar uma semana conferindo a origem das pautas do jornal e o que, de fato, ganhava as páginas no dia seguinte. Passei mais tempo na Geral, mas conversava todo o dia com o editor e/ou pauteiro de sete editorias, entre elas, a de Esporte.

Lembro de já ter visto o David Coimbra por lá, mas não sei se nessa oportunidade. Não menbro de termos sido apresentados e tampouco de termos conversado, enfim, eu não fui uma presença feminina relevante que tivesse chamado a atenção do cronista e editor de esportes.

Passei uma semana. Uma semana! Uma loira intrusa fazendo perguntas durante uma semana interia e ele nem bola. Jamais havia cogitado a hipótese de atrair a observação dele antes, mas ao ler aqueles relatos de redação no livro Mulheres!, ah! Por um segundo essa idéia passou pela minha cabeça, me deixando excitada com a possibilidade de ser de alguma forma imortalizada naquele livro. Eu? Em uma crônica publicada em livro? Que ia além dos recortes amarelados de jornais e poderia ser guardado na estante e mostrado para os netos um dia? Era boa essa idéia, ah! Era boa!


Pronto. Passou a sensação. Eu não estava lá. Não fui musa. Não inspirei o David. Imagino quantas outras mulheres bem mais ilustres também não se procuraram naquelas páginas e tiveram essa doce ilusão. Parabéns David! Guardarei outras cousas de mimo para a posteridade.

dezembro 25, 2006

O Jaime

#
Quase toda a semana ia lá, fazer a mão no salãozinho da Vila Mascote. Ambiente agradável, bom atendimento. Os mesmos rostos de sempre. A mulherada da vizinhança, as recepcionistas, as manicures, as esteticistas, as meninas do cabelo, um templo 100% feminino se não fossem os três ou quatro homens que também empunhavam tesouras por ali.

Alegres, diga-se de passagem. Como geralmente são. Falando fino, com um gingado nas cadeiras e a trocar os últimos babados com as clientes entre uma tesourada e outra. Gente finíssima! Um barato estar em sua presença.

Um deles, porém, parecia diferente. Era mais quieto, sei lá, discreto talvez. Reparei que às vezes reparava em mim. Estanho, mas tive essa impressão. Quem sabe enxergasse era aos meus cabelos com olhos de pintor frente a uma tela virgem pronta para imprimir sua arte. Ou como uma mocréia. Sim, é comum que achem que somos umas mocrécias. Talvez morresse de ódio por eu não explorar o potencial infinito de possibilidades que uma mulher pode adotar nas madeixas. Um desperdício!

Mas não. Parecia me lançar olhares heteros. Olhares não profissionais, sutis, é verdade, mas miradas de homem. Será que ele não é? Dá próxima vez perguntaria à minha manicure. Pronto, estava decidido. Era isso que faria. Com uma monossílaba ela desvendaria aquele mistério de uma vez por todas.

Chegou o dia. Ensaiei puxar o assunto com ela uma, duas, três vezes. Desisti. Ele estava muito perto e ouviria. Com certeza ouviria e eu ainda teria que explicar o porquê de estar interessada naquela informação. – “Curiosidade” – diria eu em vão, mas ninguém ia acreditar. Então receberia olhares recheados de malícia de toda a equipe do salão e nunca mais poderia pôr meus pés naquele recinto tamanho o embaraço. Não, aquela não era uma boa idéia.

Fui embora com a dúvida de sempre, frustrada e covarde. Entrei em casa ainda cuidando para não borrar as unhas. Meu pai me viu e lembrou que tinha esquecido de cortar o cabelo:

- Que merda! Liga para o Jaime e vê se ele tem hora para quarta – disse.

- Qual deles é o Jaime? - Perguntei para minha mãe.

- Ah! O único que é macho, do cavanhaque, sabe?

Sim. Eu sabia! Eu sabia! Não estava ficando louca. Respirei feliz, aliviada. Ainda havia heteros incorruptíveis até nos meios mais vulneráveis.

dezembro 17, 2006

Dois dedinhos de prosa

#
Homens, comemorem! Eis aqui mais uma desculpa para convencer quem quer que seja às práticas de sodomia. Dar o fiofó evita hemorróidas! Sinceramente não sei da veracidade dessa informação, mas foi o que uma amiga ouviu de um proctologista. Unbelievable!

Foi lá, coitada, sofrendo do problema, mal podendo sentar, e então sujeita àquele constrangimento durante a consulta, teve que ouvir do médico a infeliz observação: “Você não pratica sexo anal, certo?” Gente, que horror, dá pra ver até nesse estado!

Reprimindo-a, disse que o exercício era saudável e que evitava a aparição do “incomodo”. Ela ficou surpresa com a tal notícia e eu também. Sempre pensara que fosse o contrário. Enfim, levou um quase puxão de orelha do médico, um sermão às avessas, diria.

Ensaiei a possibilidade de contatar alguns proctologistas para checar se a informação era fidedigna, mas não tive coragem. Invés disso, busquei no bom e velho Google. Nada atestava a informação.

De qualquer forma, vou tentar descolar os contatos do cara. Maridos, namorados e afins, fiquem espertos! Se eu conseguir publico aqui. Imagina com receita! Isso que é ganhar credibilidade na ladainha!

dezembro 06, 2006

Aviso

#
É gente! A vida tá dura e os filhos da bandidagem não podem ficar sem presente. Natal tá aí, não pode faltar birita no reveillon e, claro, os caras precisam fazer um caixa para tirar os três meses de férias merecidas no litoral. Enfim, contribuição do amigo Christian Gois.


novembro 23, 2006

A rua do Bozo

#
Gente, que horror! Piada velha e sem graça é pior que boy band. Quando a gente acha que já era e ficou no passado tá lá ela de novo, sempre tem um besta pra gostar e espalhar a praga por aí.

Bem, elas ressuscitaram nesse fim de semana, mas especificamente na Avenida Mário Ribeiro, em Guarujá. Por deus! Juro que fiquei com a sensação de que iria saltar o Bozo ou quizás alguém gritando “Pegadinha do Malandro!” a qualquer momento naquela rua.

A primeira foi na ida. Um senhor na companhia de dois poodles, no alto de seus mais ou menos 60 anos, puxa papo no meio da rua comigo e minhas amigas. Pergunta a uma delas:

- Eu não te conheço?
- Não sei.
- Acho que estou te reconhecendo do shopping. Você trabalha com roupas?
- Não.
- Então você trabalha sem roupa?

Hahaha.

A segunda foi na volta. Na mesma noite, um grupo de aborrecentes começa a assoviar e então um grita:

- Caiu do céu?
- É. De cara, não tá vendo? - respondeu uma delas.

Hahaha. Bizarro encontro de gerações. Tenha dó!

novembro 22, 2006

Relax, babe!

#
Gringo é um barato. Fico impressionada como muitas vezes eles tardam a perceber a curiosa e infantil relação da fauna com os apelidinhos sacanas dos trópicos. E brasileiro é foda, não perdoa esse tipo de vacilo.

Ficaria com pena se também não achasse tão divertido. Ouvi essa semana um desses relatos em que ele – o gringo – foi vítima da própria língua e da malícia alheia. Num almoço executivo entre colegas de trabalho, em um bairro nobre de São Paulo, se deu mais ou menos o seguinte diálogo:

Fulana – Nossa, que frango bom!
Beltrano – Não é frango. É peru.
Fulana – Ah é?
Gringo – É. E peru é bom que relaxa.

Boquiabertos, os ouvintes estacionaram os talheres no ar. Um silêncio sepulcral se instalou na mesa, antecedendo o riso e o deboche. Pronto, pra que?

Fulana – Quer dizer então que comer peru relaxa? Você relaxa quando come o peru?
Gringo – Sim. É comprovado cientificamente.
Beltrano – Mas quando você come o peru é você ou o peru que relaxa?

E assim foi, sucessivamente. Ninguém teve a decência de explicar e estragar a brincadeira. Bem-intencionado, o inocente forasteiro ainda voltou para o escritório e se deu o trabalho de procurar e enviar para TODA a empresa uma pesquisa sobre os tais atributos do peru.

É, parece que era verdade. Peru relaxa. Pobre gringo, ninguém duvidava.

novembro 17, 2006

Passei por aqui

#
O medo sussurrou no meu ouvido e disse que por aqui passaria uma temporada. Não tive argumentos. Faço votos e esforços para que seja breve, que vá embora.

Nessa estadia, me mantém em noites de inquietude, de alerta e de cansaço. Todo som desperta. Neuroses.

Não se demore medo que tenho vida demais para ficar assim, padecendo sob a insegurança do “se”, do “talvez”, do “quem sabe”.

Poucas coisas na vida não tem preço. Uma delas é o sossego. Quero paz. Me mudo. Logo. Espero. Preciso. Aviso quando a temporada terminar.

outubro 26, 2006

Coisas de pele

#
Acabo de pagar para uma mulher pegar no meu peito. Não gostei. Me senti rasgando dinheiro e saí de lá insatisfeita. Não, não foi minha primeira experiência com prostituição e lesbianismo, mas a primeira esfoliação numa estética. Porra, tinha a necessidade? Eram as minhas costas que estavam descascando, oras!

Nunca tinha feito isso antes. Cheguei lá e já mandaram tirar a roupa. Ok, até aí eu imaginava que fosse assim mesmo, mas foi estranho. Imaginava que tivesse algum aparelho ou um produto super potente que removesse todos os rastros de pele morta que o sol tinha me deixado. Tudo ilusão.

A esteticista entrou na sala, emplastou as mãos com um creme esfoliante, deu um esfregada com aquele troço em mim, me deixou uns 15 minutos em repouso e pronto. Se eu soubesse que era assim teria comprado a merda do esfoliante e feito em casa sem pagar um tostão para ter o constrangimento de um estranho me apalpando. Enfim, tirando a meleca não tinha surtido muito resultado. Não gostei. E ela ainda disse: "Acho que você vai precisar de mais uma." Ahan, vai esperando! Eu não faço mais esfoliação nem fudendo.

"Pode se vestir, linda". Linda??? Nãooo! Botei a roupa, paguei e fui embora.

outubro 17, 2006

Proposta (in)decente

#
Praia da Costa, Vilha Vilha-ES. Estávamos lá, eu e minha irmã felizes da vida, sentadas num boteco à beira-mar, tomando umas naquela tarde ensolarada do feriado de 12 de outubro. Tudo perfeito até que se aprochega um gordinho micareteiro, suado e sem camisa. "Eu tava ali observando..." disse ele, e mais outras coisas que não ouvi, obviamente, porque não gosto de conversar com gente estranha.

Muito à vontade e com um carioquês insuportavelmente falso, o ser puxa a cadeira e senta. Fez aquele propaganda da região e, de repente, deu a dica cretina: "Tem uma boate muito boa aqui, a Swinger´s. Acho que vocês deviam conhecer". Engasguei. Essa parte eu tinha escutado. Afinal, coisas que inspiram sacanagem mesmo vindas da boca de gente esquisita sempre me chamam a atenção. O sujeito entendeu o engasgo com um riso.

"Ah! Deu uma risadinha é porque gostou".

"Gostei nada, que merda de nome é esse?", respondi.

"É legal, vocês vão gostar. Hoje tem pagode e..." novamente não escutei a informação inútil.

"Swinger´s? Isso é nome de puteiro. Não vem com essa". Desliguei. O pastel de camarão e a cerveja estão mais interessantes e eu não ia conhecer aquele lugar anyway.

De volta ao hotel estava lá entre os flyers o panfleto do Swinger´s. É, parecia um lugar decente. Nunca saberei.


outubro 13, 2006

setembro 30, 2006

Assim não dá, assim não pode!

#
Não falei de eleições até agora, simplesmente pelo fato de que não vou votar nesse pleito. Pois é. Tem nego em Nova York que pode votar para presidente e eu, só porque estou em outro Estado, perco esse direito e tenho que me abalar no domingão para justificar o não-voto. É absurdo!

Mesmo diante dessa situação, não deixei de assistir o debate de quinta. Sim, de quinta em todos os sentidos, diga-se de passagem, sem Lula e com rasgação de seda entre o agora Geraldo (ex-Alckmin) e o Cristovam Buarque. Com isso perdi o tesão e já estava quase desistindo de ver aquilo quando de repente o tucano, falando sobre carga tributária, solta a pérola: “Todos nós sabemos que em um quilo de açúcar, 40% é esgoto.” Nossa! Nesse caso é por isso que o Tietê é água doce? Que nojo! Por anos a Carolina Ferraz e o Wilker tentam me convencer a usar adoçante, mas ele, o Geraldo, resolveu o problema numa tacada só. Isso que é eficiência!

Passei a mão num bloquinho e numa caneta e resolvi sentar ali, para esperar por novas gafes. E elas vieram, não tão graves, mas vieram. Piegas, Cristovam lança pensamentos profundos em seu discurso comparando, por exemplo, o problema do transporte com geração de renda a “duas solidões que quando se encontram, elas se anulam”, ou quando diz que o Brasil espera um presidente que dê uma virada, mas “claro que uma virada que seja uma revolução doce”. Apesar de levantar a bandeira da educação, ele também tropeça na língua portuguesa, alegando que “grande parte das filas que a gente VÊEM nos postos de saúde...”, enfim não vem ao caso.

Fiquei particularmente feliz com o discurso de Heloísa Helena ao saber que em seu governo, além de mãe e mulher, as mulheres também “poderão escolher entre ser cientistas e MÚSICAS"!!! Assim não dá, assim não pode!

setembro 16, 2006

Bairrismo: para o bem e para o mal

#
Nós, gaúchos, realmente honramos a fama de bairristas, não tem jeito. Quinta-feira, dia do meu rodízio, aproveito para prestigiar o blog da minha querida amiga Deza, que anunciava estar nas páginas do caderno Viagem da Zero Hora. Fiquei curiosa e corri para visitar o site do jornal da terrinha e eis que encontro lá a manchete: “Gaúcho causa pânico nos EUA”. Era aquele caso do brasileiro que tentou abrir a saída de emergência num vôo para Washington essa semana.

Eu até entendo e morro de orgulho de dizer que colecionamos títulos de miss, de celeiro de mulheres bonitas, temos o “melhor” jogador de futebol do mundo, a Daiane dos Santos, grandes nomes da música como Lupicínio Rodrigues e Elis Regina, enfim, mas chamar a atenção para o fato de um lutador de jiu-jístu maluco, conhecido pelo apelido medonho de “Realce”, ser gaúcho não faz o menor sentido. Jamais saberia se não fosse a Zero. A notícia é hilária e de chorar atrás da porta sem calcinha. Que decepção!


Foto: Reprodução/ZH
Gaúcho causa pânico nos EUA

Lutador de jiu-jítsu começou a dar socos no ar e tentou abrir a saída de emergência durante um vôo da United Airlines entre Los Angeles e Washington; acabou imobilizado por passageiros e preso

Tentar abrir a porta de um avião em pleno vôo, mesmo que não estivéssemos em uma época de paranóia em aeroportos, daria cadeia em qualquer país, ainda mais nos Estados Unidos. Foi o que lutador de jiu-jítsu gaúcho Carlos Alberto de Oliveira, 43 anos, tentou fazer na terça-feira, pondo em pânico passageiros de um vôo entre Los Angeles e Washington.


Vestido com roupas militares, Oliveira, conhecido em Porto Alegre pelo apelido de "Realce", começou a agir de forma estranha cerca de três horas e meia depois da decolagem da Califórnia. Segundo passageiros, ele bebeu demais e começou a falar em um idioma "desconhecido" - português. Depois, passou cerca de 20 minutos no banheiro.

Quando voltou a sua poltrona, enrolou cintos nas mãos e começou a dar socos no ar. Então começou a mexer na alavanca de uma das saídas de emergência do avião. Foi quando uma das comissárias de bordo pediu que tirasse a mão da alavanca e gritou por socorro. - Quando você ouve uma aeromoça gritar "por favor, ajudem", você começa a temer que algo muito ruim esteja prestes a acontecer - afirmou Ken Wolfenbarger, um dos passageiros.

Assustados, alguns passageiros partiram para cima do gaúcho. Wolfenbarger contou ter segurado as pernas de Oliveira, enquanto outros o agrediram e, por fim, o controlaram. O agente federal que viaja anonimamente nos vôos de longa distância nos EUA, imobilizou suas mãos às costas com uma algema de plástico, procedimento rotineiro desde o ataque de 11 de Setembro. Stephen Lockwood, outro dos 183 passageiros do vôo, contou que ele "apanhou bastante".

Como o comandante concluiu que Oliveira não era um terrorista, o vôo da United Airlines seguiu normalmente para seu destino, o Aeroporto Internacional Dulles, onde pousou às 20h35min locais de terça-feira (21h35min no horário de Brasília). Ontem pela manhã, ele deveria ter comparecido a um tribunal, na Virgínia. Mas se desentendeu com guardas na prisão onde está sendo mantido. Por enquanto, a acusação contra ele é de tentar interferir no funcionamento de um avião de passageiros - o que é considerado um crime federal nos EUA, mas ele ainda poderá ser processado por agressão aos guardas.

Publicada no dia 14/09/06 no jornal Zero Hora. Confira também a notícia divulgada no Jornal Nacional.

setembro 13, 2006

De chorar no cantinho

#
Depois da Juliana Paes chorar no Faustão porque foi clicada sem calcinha, lembrei dos meus tempos de colégio. Calma, não andei praticando naturalismo, nem mostrando nada por aí. A recordação foi de uma mestra.

Tive uma professora de matemática na 7ª série que ficava tão sentida quando a turma ia mal nas provas que soltava um frase muito esquisita, como mãe que lamenta "Onde foi que eu errei!".

A frase que ela dizia com um profundo pesar era: "Gente, é de chorar atrás da porta sem calcinha". Nunca entendi essa frase e diversas vezes me peguei imaginando a situação que teria elevado aquela cena a um status tão trágico como o que ela inspirava. Juliana talvez entenda agora.

setembro 11, 2006

Censurados II

Super Bonder cola tudo??? Gente, esse anúncio é muito escroto, mas afinal, hoje é 11 de setembro, então...

Outros de enfiar

#
Brinquedinhos

Eles tinham muitas afinidades. O povo apostava que o cara era gay, mas ela resolveu arriscar, ver até onde aquilo ia. Numa bela noite, num momento quente ela anuncia que tem um vibrador como quem sugere uma brincadeira mais sacana. Eis que ele pergunta: “É de enfiar?”

Diálogos no messenger

No meio da tarde de uma quarta-feira salta lá a janelinha. Era o Luciano, um amigo músico de Porto.

- Gravei uma música, quero que tu escute, tá?
- Tudo bem.
- Tô te enviando Codinome.mp3
- Não. Manda para o meu e-mail. Aqui não consigo escutar.
- Tá... já te enviei. Quero que tu escute, tu sabe que tu é meu termômetro.
- Hein? Termômetro? Não sei se gosto da idéia. Termômetro se enfia no cú, bota na boca e no sovaco. Não quero ser teu termômetro.
- Bah, tu entendeu. Escuta aí e depois me diz o que tu achou.
- Tá bom, podexá. Bjs
- Bjs

setembro 10, 2006

Censurados I


Recebi agora a pouco um e-mail da Van com os anúncios censurados pelos clientes. Vou soltando aos pouco, blz? Esse primeiro foi escolhido a dedo em homenagem a um grande amigo hehehe Quero tua contribuição, viu? Olha aí:



Não creio que seja real, legal ele é, mas não imagino como o Albert Eistein atingiria o público do busão. No way heheh

setembro 03, 2006

Uso externo!?

#
Estava com uma dificuldade danada de me concentrar essa semana. Atolada de trabalho e com uma capacidade sobre-humana para a dispersão, tive a idéia de comprar um protetor de ouvidos para ver se pelo menos abafava o som.

Comprei um daqueles laranjinhas de espuma moldável. Para minha surpresa, dizia lá nas instruções: USO EXTERNO. Tudo bem que eu sou loira e às vezes não sei como fazer o uso correto das coisas, mas por acaso alguém achou que eu poderia engolir aquilo? Não entendi. Aquele negócio não é de enfiar no ouvido?

Fiquei confusa. Se aquilo é de uso externo OB é o que? Eu também não engulo. E supositório? Quase fui até a farmácia pedir para ler a bula de um supositório. Desisti. Seria um constrangimento a troco de nada. Eu duvido que tivesse esse tipo de informação lá, afinal todo mundo sabe que aquilo não é de pendurar na orelha, muito menos de pôr na boca.

Realmente não sei mais quais são os critérios para a classificação de interno e externo. Se alguém souber por que raios aquele USO EXTERNO estava na caixa dos protetores, por favor, me explique. Tô aceitando qualquer palpite. Não agüento essa dúvida não, eu preciso de uma luz.

agosto 29, 2006

Couve-flor forever

Piadinha para alegrar o dia. Outra contribuição da Van.

Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:

- Que petulância te chamarem de flor! Veja sua pele áspera e a minha lisa e sedosa... Seu cheiro desagradável e meu perfume sensual e envolvente. Veja seu corpo grosseiro e o meu delicado e elegante... Eu, sim, sou uma flor!

E a couve-flor respondeu:

- "Helloooowww! Que-ri-da, de que adianta ser tão linda se ninguém te come?"

agosto 28, 2006

Cátia Flávia chegou!


Mais uma cadela na família! Cátia Flávia acaba de chegar. Não, não foi uma prima que nasceu, nem um otário da família que casou com alguma vigarista, mas literalmente uma cachorra. Uma labrador de olho azul, colega da Melissa Maria, vulgo Mel (a poodle cagona).

Fazia tempo que eu queria a Cátia Flávia. Apesar de já ter o nome há mais de um ano foi uma briga em casa. Ninguém aceitava chamar de Cátia Flávia. Quase batizaram de Pity. Porra, grita Pity na rua vem 10 ( de tudo quando é espécie). Convenci dando a opção de chama-la de Kat, apenas como alcunha carinhosa.

Olha ela aí:

agosto 25, 2006

ChangeManagement até no espaço

#
A regra agora é mesmo o corte. Até planeta está sendo demitido, que beleza! A União Astronômica Internacional (UAI) acaba de excluir Plutão como um planeta do Sistema Solar, que passa a ter oito em vez de nove planetas. Poderia pular para 12, mas não. A onda é racionalizar.
#
Além de levar um pé na bunda astronômico, o belga Olivier Hainaut que trabalha no Observatório de Cerro Paranal, no Chile, ainda chama o coitado de planeta anão. Isso não é crime? E como planeta anão Plutão não poderia reivindicar inclusão como "planeta especial"?

Enfim, a notícia mais legal que li sobre esse assunto foi sobre o apoio moral dos sete anões ao cãozinho Pluto (que em inglês leva o nome do ex-planeta).

Família Quem?

#
Família Quem??? Olha isso, um grupo de mulçumanos fazendo um tour. Digam, qual o sentido desse registro?




Contribuição da amiga Vanessa Zampronho. Thanks Van!

agosto 23, 2006

Balaio no chicote

#
Agora fudeu! Vou ter que caprichar nos textos por aqui. O Marcão acaba de me informar que incluiu o Balaio nos links do Jesus, me chicoteia! E ainda anunciou a novidade. Já viu, né? Agora vai chover nego visitando, ao menos pela primeira vez.

agosto 21, 2006

Do caralho!

#
Notícia do dia. Essa não dava para não compartilhar heheh

Indiano com dois pênis quer retirar um para ter vida normal

Um empresário indiano que nasceu com dois pênis quer remover um deles para poder casar e ter uma vida sexual normal. As informações são de um jornal de Nova Delhi.

O homem de 24 anos se internou no hospital da cidade esta semana com um caso médico extremamente raro de pênis duplicado, disse o jornal Times of India.

"Um caso de dois pênis funcionais nunca foi visto na literatura médica. O mais comum, quando há duplicidade de órgãos, é que um seja mais rudimentar", disse um cirurgião entrevistado pelo jornal.

Segundo médico, a cirurgia será um desafio, porque ambos os pênis foram bem formados e têm um bom fornecimento de sangue. O jornal não revelou o nome do hospital nem do paciente para que a privacidade fosse preservada.

Retirada do site Câmera 2.

agosto 19, 2006

Filho maravilhaaaa, nós gostamos de você...

#
Um inferno para chegar, uma molecada que nem deveria conhecer o repertório do cara, mas valeu a pena, me acabei. Jorge Ben bom!

Oba, oba, oba!

agosto 18, 2006

Brega e chic

#
Era só o que faltava. Depois do incidente da porta que caiu em pleno vôo, causando traumas, hematomas, além, claro, de desalinho na comissária, agora a TAM resolveu colar adesivos do Cirque du Soleil pelas aeronaves. Que idéia besta! Espero que não seja para colar as portas. Será que os passageiros poderão se entreter durante o vôo jogando bafo?

Besta e brega. E ainda chamam isso de decorar. Muito bem, quem sabe o próximo passo será espalhar flores de plástico, servir os sucos naquelas jarras de abacaxi, pendurar calendário de mercadinho nos bancos e fotos de casamento de bisavós pelos aviões. Como diria minha vó, vai ficar supimba!

agosto 13, 2006

Santo remédio

#
Finalmente alguém disse o que muita gente teve vontade de receitar: Remédio para mulher mal-comida é sexo! Por favor, uma ola para o médico de Blumenau, Welson Geraldo de Souza, que saiu no Fantástico desse domingo. Ele merece.

Um homem lúcido, sábio, que sabe o que faz. Não receita placebo, nem antidepressivo, mas propõe uma solução eficaz e barata em pleno posto de saúde da cidade. E o povo ainda faz abaixo-assinado para a saída desse homem de bem? Isso é um absurdo! A mulherada deveria estar comemorando e agradecendo o empurrão do doutor.

Leiam abaixo uma das matérias publicadas sobre o ômi no dia 07/08/2006 no portal do jornal catarinense “A Notícia”:


Médico cria polêmica com novo tratamento
Cinco abaixo-assinados pedem a saída de Welson, pacientes afirmam que doutor recomenda sexo três vezes ao dia como remédio pra depressão

Blumenau - No lugar de anti-depressivos, lazer e sexo de qualidade. A proposta do médico Welson Geraldo de Souza, de um Posto de Saúde de Blumenau, está deixando alguns moradores do bairro Itoupava Norte revoltados. Segundo um grupo de mulheres que já pede sua saída por abaixo-assinado, "o médico diz que nosso problema é falta de homem". Souza se defende: "quero implantar uma nova filosofia e acabar com essa cultura de comprimidos", afirma. A reclamação vem de mulheres como Nilva Pereira, 44 anos. "Eu acabei de me separar, estou fragilizada. Ele me mandou procurar um homem, bem nesses termos", garante. Outras mulheres, boa parte moradoras da rua Hélio Coelho Gomes, garantem que o médico não tem o menor tato. "Falou pra eu parar de tomar remédio e fazer sexo três vezes por dia", denuncia Terezinha dos Santos, 47 anos. Por causa disso, estão nas ruas cinco listas paralelas, que pedem a saída do médico. No consultório, Welson diz que esperava por reação da comunidade, mas prega bom senso. "Eu sou um profissional com 25 anos de medicina. Jamais diria algo desse tipo para os pacientes. Estou tentando quebrar tabus e fazer as pessoas conversarem sobre sexo e sexualidade. Tentando fazer com que os maridos sejam mais carinhosos", afirma. Ele diz que jamais recomendaria sexo três vezes por dia. "Isso é impraticável".(Rodrigo Stüpp/AN)

Link original: Notícia retirada do portal de A Notícia

agosto 11, 2006

Confissão

Putz, tenho que melhorar a produção desta merda! Eu sei, devo estar provocando uma série de desapontamentos. Perdón amigos!

Enquanto não dou um jeito na qualidade por aqui, sintam-se convidados a conhecer os outros dois blogs novos Efeito Matambre e Gente, foi horrível! Não que sejam melhores, mas diferentes, that´s all.

agosto 10, 2006

Onofre nunca mais


Tá decidido. Nunca mais compro na Onofre! Puta propaganda enganosa. Há uns três, quatro meses, entrei na megastore da farmácia na Av. Paulista para conferir o preço daquele perfume do Hugo Boss. Pois bem, o preço estava razoável e me apresentaram lá uma promoção do cartão fidelidade em que cada real acumulado valia um ponto que poderia ser trocado por prêmios como chapinha, barbeador elétrico e até MP3 player. Comprei. Mais pelo perfume do que qualquer coisa, mas segura de que havia acumulado mais de cem pontos no bendito cartão.

Eu só lembro de ter sido fiel a alguma farmácia na minha terra, onde por muito tempo desfrutei das vantagens de minha assiduidade na Panvel. Aqui em Sampa tanto fazia até então. Passei a comprar na Onofre até itens de higiene que poderia incluir perfeitamente na listinha do supermercado por esses três, quatro meses. Desviava caminho, andava um pouco mais, mas não comprando em outras redes, só na Onofre. Devo ter acumulado mais de mil pontos lá. A promoção era válida até final de agosto, depois zeravam todos os pontos.

Hoje, para minha surpresa, passei na megastore outra vez decidida a resgatar meus pontinhos e trocar por um presente legal. Paguei minhas compras e perguntei como deveria proceder. A caixa informou que deveria falar com o gerente. Depois de esperar um tempão ao lado do balcão ele me atendeu. Pediu o número do meu CPF e viu lá: 12 pontos.

Surpresa, questionei: "12 pontos? Só pode haver um engano. Apenas a compra que fiz hoje passa dos 50 reais!!! "Mas é o que consta", disse o cretino e ainda me falou que se eu ainda tivesse o cupom fiscal do perfume comprado há meses ele daria um jeito de computar, pode isso?

Não sei o que houve, mas só me faz pensar em má fé. Tiveram minha fidelidade rara por uns três meses, agora além de não mais me ter como cliente, faço questão de divulgar a malandragem. Não piso mais lá, nem para me pesar. Fodam-se os cafezinhos, limpezas de pele e maquiagens!

agosto 05, 2006

Sandylea e Durval Junior: revelações de salão

#
Minhas leituras na manicure são sempre uma experiência interessante. Desta vez era a Contigo! com a capa da Sandy que estava dando sopa por lá.
#
Dizia a manchete: “Revelações de Sandy: Ela cozinha para o namorado, tem fantasias sexuais e até xinga no trânsito”. Toda vez que a Sandy faz revelações, eu procuro me informar para ver se é dessa vez que ela conta que peida, por exemplo, alguma coisa polêmica de verdade, pois vocês sabem que diz a lenda que a Sandy não tem intestino, anyway, não foi dessa vez.

A entrevista era absurda. As únicas revelações mesmo foram que a Sandy já tomou porre de caipirinha UMA vez num Reveillon e que o Lucas Lima (que não é parente, mas namorado) não gosta de molho de tomate. Uau! Bombástico, não? A repórter perguntou hipoteticamente se a garota responderia se ela perguntasse se tem fantasias sexuais. Resposta? Até responderia, mas não contaria quais (ou algo assim) e virou capa! O que os caras não fazem para vender. Foram páginas de ladainha e esquivas. Num dado momento Sandy sedia e então comentava de uma lingerie sexy que ela não ia contar como era. Eis que a reportagem indaga: "E quem te disse que era sexy?" Tsic, tsic.
#
Sandy xinga no trânsito? Sim! Com os vidros fechados, para si mesma, quem sabe só em pensamentos, ai que meeda! Bem, quanto à cozinha já falei que Lucas não gosta de molho de tomate? Tinha uma outra entrevista com o Júnior também. Seria mais revelador (e vulgar) se fosse para a capa, por exemplo, a resposta que a repórter-joselita arrancou do entrevistado com a inteligente pergunta: Você já brochou?
#
Essas revistas só me envergonham. Não tive muita paciência de continuar lendo e além disso, minhas unhas já tinham secado. Levantei e fui embora, deixando a Sandy com suas caretas selvagens repousando sobre o sofá. Quanta tolice!

julho 24, 2006

Corazón

#
O espanhol é mesmo uma delícia. Meu primo acaba de voltar de uma temporada em Barcelona e me trouxe castanholas. No manual (acreditem, veio com manual em cinco idiomas!) explicava como tocar aquele negócio com o nome de cada dedo. Difícil pra caramba!

Sabem o que descobri? Aquele dedo simpático com o qual mandamos o povo se foder se chama “corazón” em espanhol. Não é lindo?

julho 23, 2006

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

#
Estive no Mc Donald´s essa semana e pra variar li aquela toalhinha de papel que eles põem na bandeja (que graças a Deus não era mais a da Copa).

Gostei da toalhinha. Politicamente correta, com 52 dicas de “Como salvar o mundo fazendo coisas simples”. Bem, algumas nem tão simples, outras imbecis, mas tinha umas úteis. O que mais me chamou a atenção foi as que incentivavam a não consumir produtos de fabricantes que não estavam alinhados a políticas ambientais.

A última ainda dizia “Estimule as pessoas à sua volta a terem mais consciência ecológica, repassando todas essas dicas”. Bonito discurso. Faria um ola para o fast food se não me parecesse um tanto hipócrita. Lembrei na hora que há pouco mais de três meses a rede foi alvo de protestos do Greenpeace na Europa justamente por comprar frango da Sun Valley alimentado com soja plantada ilegalmente na Amazônia. No relatório da ONG intitulado “Comendo a Amazônia”, o Mc Donalds aparece como principal comprador de frango da fornecedora. Como pode uma empresa que banca o desmatamento e admite ser ciente da origem da ração dos franguinhos falar em consciência ecológica?

Que feio! Aconselhar a compra de fabricantes “verdes” quando ela mesmo não faz. A toalhinha é ótima, mas também não poderia esperar muito do Mc Donald´s que traz no verso das mesmas toalhinhas tabelas nutricionais e links para levar uma vida saudável. Um método “engajado” de lavar as mãos, não?


julho 19, 2006

Quarta é dia da picanha

#
Não, não é no Carrefour, nem no açougue da esquina, mas no Panther´s Night Club! Um cartaz enorme anunciava na Avenida Santo Amaro. Trânsito parado em plena luz do dia e ele lá, na fachada da boate adormecida, ironicamente localizado quase em frente a um hortifrutigranjeiro.

Carne nobre. De primeira. Será que escolhem a mulherada que nem tomate, apalpando? E se estiver ruim? Bichada que nem goiaba? Argh!!! Melhor nem pensar.

Lendo aquela faixa lembrei de duas histórias. Já aviso, não são muito engraçadas. Uma delas é de Santa Catarina. Gaúcho adora sacanear catarinense, mas esse causo é verídico. Laguna, sul do Estado. Verão de 1999 e um açougue. Mami pede guisado (carne moída, o famoso boi ralado catarinense). Preço bom, cara boa, apesar da etiqueta dizer que era de segunda. Eis que frente ao interesse o açougueiro aumenta o valor:

- Ah! Esse é mais caro.
- Por que?
- É quase de primeira.

Pode isso? Também tinha um professor de biologia no cursinho pré-vestibular, o Maia, do Universitário. Nunca me esqueço. Com mais de cem alunos com os hormônios à flor da pele, interrompia vez ou outra a aula com uma dançinha ridícula ala Velma do Scooby Doo (lembram da Velma dançando?). Dizia que todo o fim de semana a gente ia para o açougue. Explicava ele: “Aquele lugar com música alta, pouca luz onde as gurias expõem a carne, os caras escolhem e levam para o abate.”

Tá aí. Canso de ir nos açougues da vida, mas em puteiro nunca pisei. Deve ser algo muito do bizarro. Um dia faço a experiência. Que fique bem claro, é pela mais pura curiosidade antropológica! Picanha por picanha ainda fico com a da churrascaria. Onde a gente só entra com a fome e não acaba com o espeto na mão.
#
Viu, eu disse que não era engraçado. Deveria ter parado no Argh!!!

julho 02, 2006

É nóis outra vez!


Pausa para a modéstia heheh Pouca gente sabe, mas o nosso quadrado mágico da faculdade - Álvaro, Deza, Fernando e eu - já levou alguns títulos. Acabei de receber o link de uma reportagem sobre o prêmio Unirádio, da FM Cultura que ficamos com o 2º lugar com a reportagem sobre o Brique da Redenção. Valeu. Só soubemos da participação quando a ex-prof Doris Haussen avisou que já estávamos na final. Gostoso saber que a PUCRS não esqueceu da gente depois da graduação.
#
Ai, que saudade dos tempos do rádio na Famecos! Saudades de todo mundo. E para compartilhar minha felicidade e mostrar um pouquinho da história do nosso querido Brique da Redenção, em Porto Alegre, deixo o link da reportagem:
http://cyberfam.pucrs.br/noticias.php?id=248 Dá para ouvir o nosso trabalho também.

Foto: Brique da Redenção (Direitos reservados à Associação dos Artesãos do Brique da Redenção)

julho 01, 2006

Au revoir, Brasil!

#
Graças a Deus não apostei em bolão. Chega! Vou acompanhar campeonato de bocha. Ou de punhobol, de peteca, whatever. Quem sabe assim, sem esses salários astronômicos e com mais garra eu consiga ser uma torcedora feliz.

Que vergonha! Assistir o Brasil perder para a França dói, viu. Tudo bem que não foi nenhuma surpresa, mas dói. O mais duro foi assistir ao lado de uma torcida de franceses e ainda ter que ver os caras fazendo festa, dando cornetada no teu ouvido. Tanto bar em São Paulo eles tinham que ir justo para o que eu fui?

Não precisava ganhar, mas jogar feio é humilhante. Deixa a gente na mão porque não dá nem pra chamar o juiz de ladrão, nem se orgulhar de categoria. Que bela bosta!

Ficou freguês mesmo. Fazer o que, não? Afinal, não dava para continuar dependendo da má pontaria dos adversários. Uma hora isso ia acabar. Ainda que doloroso, foi merecido.

Au revoir, Brasil! Baixa a cabeça e volta pra casa. Quem sabe ainda dá tempo de rachar o vôo com a Argentina. E da Varig!

junho 22, 2006

Brasil x Argentina

#
Quase presencio um confronto de Brasil e Argentina. Hoje. Em plena São Paulo, há cinco minutos do Ibirapuera. Sim. Quase aconteceu. Por uma distração. Por um impedimento de cerca de três metros.

Um sinal vermelho e o freio, na prorrogação. Não houve “crack”, mas “pluft”, na volta de um breve transe ante o cruzamento da Avenida Brasil com a Argentina. Engraçado. Por segundos quase trágico, mas interessante.

junho 17, 2006

Adeus zica! Vou ligar para o Faustão.


A zica braba passou. Sim. Inferno astral. Exatos 21 dias antes do Balaio completar um ano (Êeeee! Um ano!). Machuquei meu pé, bati o carro, descasquei abacaxi no trabalho, TCC. Tudo junto, tudo ao mesmo tempo, como o diabo gosta. Não adiantava. Não dava tempo nem ânimo de sentar aqui, enquadrar mais uma vez minha bunda e escrever algo brilhante e engraçado. Não dava.

Passou. E daquela forma estranha com a famosa coincidência, a "lenda urbana" que reza que depois de uma maré de má sorte, vem uma de pé quente. Do mesmo modo que tudo deu errado, tudo se acertou ao mesmo tempo. Com bônus. Pude descobri o real significado da frase "há males que vem para bem".

Fui ao teatro. Peça com Antônio Fagundes. Assim, decisão de última hora. Besta, aliás. Além do avançado da hora, ainda tinha a Av. Paulista interditada pela "Marcha por Jesus" como agravante. Mesmo assim, me arrumei em 15 minutos e fui, torcendo para conseguir driblar o mar de fiéis em pleno feriado. Começava rigorosamente às 21h. Chegamos 20h37, eu e minha irmã. Fila gigante. E a Dona Benta atendendo na bilheteria. Lerda de dar dó. "Só 10 minutos, pessoal. Quem entrar entrou" - gritava um funcionário.

Poxa! Eu não me abalei até lá para gastar R$ 10 em estacionamento e sair dali sem ver o Rei do Gado! Comecei a ficar indignada. "Mais 5 minutos!" - dizia aquele infeliz, num counting down do capeta. É a minha vez. "Duas meias na área 2", pedi e entreguei o cartão.
- Não tá passando o cartão, disse a D. Benta.
- Cheque?
- Não aceitamos cheque.
- Mas aí tá dizendo que aceita. Tenta passar o cartão de novo.
- Não dá. O sistema tá fora do ar.


Minha irmã sem um puto na carteira. Eu, sem o suficiente para pagar as duas entradas. "Que merda!" - pensei. Dá o segundo sinal e eu nervosa. Chamei o gritão para tentar resolver o problema. Eis que ele grita de novo, dessa vez para o bem: "Vem, vem, passa logo. Deixem os ingressos aí e sentem onde tiver lugar".

Legal! Entramos de graça! Heheh Encontramos lugares na área 1, central, e ainda teve bate-papo com os atores no final. R$ 140 economizados ou, no mínimo R$ 70. Que delícia! E os caras discutindo no palco a acessibilidade aos teatros. Hahaha Maravilha! Agora só falta ligar para o Faustão. Tem sorteio de casa com carro na garagem esse domingo. Quem sabe? Tenho que aproveitar a onda. Vamos lá, qual é o número mesmo? 88490?

maio 28, 2006

Chup-Biba???


Será um pirulito? Será um picolé? Será um brinquedinho sacana? Ou quem sabe a inscrição em um zeppeling da Parada Gay? NÃO...




... é doce de leite! Chup-chup. Mu-mu para os gaúchos. Quem diria. De Mococa-SP. Que nome infeliz! Será a feliz Biba do rótulo menino ou menina? Anyway é bom, mas lembre-se: "Mantenha em lugar fresco e arejado"

maio 25, 2006

Notícia do dia


" O pênis do brasileiro está ficando maior", dizia o locutor. Hahahaha ...Manchete forte. Logo pensei, se é verdade deve ser o catchup! Só pode! Ou os agrotóxicos, ou os conservantes, hormônios, etecétera, esses aditivos que põem na comida por aí.

Chamou a atenção, sem dúvida, embora não lembre o nome da fonte desse dado. A notícia se baseava em uma pesquisa que constatava um aumento na procura por preservativos tamanho G. Segundo a matéria, nos postos de saúde apenas são distribuídas camisinhas nos tamanhos P e M e a média do brasileiro é de 10 a 15 cm, para azar dos mais afortunados. E o locutor concluia dizendo: "Como o tamanho está relacionado com a masculinidade, a pesquisa agora vai averiguar se o que cresceu foi mesmo o documento ou o ego do brasileiro". Solta a vinheta. "Nova Brasil FM", e então começa uma música da Marisa Monte..."Desilusão viu, desilusaaaão. Danço eu, dança você..."

maio 01, 2006

Cores II


Cor é coisa complicada. Não dá para entender porque inventam tantos nomes. Já começam a dificultar no primário, quando, num belo dia, a “tia” chega com guache e, num ato de vandalismo, detona o vermelho, o azul e o amarelo. Dali a coisa só evolui, ou piora.

Tudo começa com os aparentemente inocentes roxo, verde e laranja. Não tardou muito para perceber que naquela sujeira se mascaravam cores corruptas. Que o diga Collor e tantos outros que adoram descolar umas verdinhas e um laranja pra pagar por seus pecados.

A tia segue com as descobertas com o branco e o preto (ausência de cor para os cults). Aparece o rosa, para a alegria das meninas fãs da Barbie, e então o azul claro (que as mães teimam em chamar de azul bebê), cores-signo da secção dos sexos, o que é um marco evidente da tentativa de reforço dos preconceitos sexistas.

O caos já sinaliza, mas ninguém parece dar a mínima. Logo tudo fica cinza, e em seguida, marrom, daí não muda pra cor nenhuma para frustração da criançada e felicidade do OMO.

A gente cresce e as cores ganham mais tonalidades, e como se não bastasse, também levam nomes esquisitíssimos, principalmente em rótulos de esmalte e de tintura de cabelo. Os homens não entendem, o que não é nada mais natural, afinal ninguém tem a obrigação de saber que Gabriela, Rubi, Brilho da Noite e Beterraba deixaram de ser nomes de mulher, pedra, luz e legume para se tornarem variações de vermelho. A propósito, quem inventa esses malditos nomes?

Não posso ser injusta. Os homens também empregam as cores de maneira um pouco confusa para certas mulheres. No futebol, por exemplo. Além dos verdão e azulão da vida tem o tricolor, o alvinegro, o rubro-negro, o alvianil e, o mais interessante de tudo isso, é que esses mesmos nomes servem para vários times! Não é impressionante? Como eles conseguem saber quando o tricolor é o Grêmio, o São Paulo ou o Fluminense?

Cores, cores, cores. Não me deixam azul raiva, nem vermelha de vergonha quando não conheço alguma delas, mas me digam, precisavam existir tantas? Bem, chega de falar delas. Vou vestir minha regata mostarda, botar uma saia grafite, calçar meu tamanco caramelo e dar uma voltinha.

abril 29, 2006

Camisas da Copa


Apesar de não ser gay andei tomando muita Pepsi e whisky nas últimas 24 horas. Faltava uma. Só uma tampinha para completar as cinco necessárias para trocar pela camiseta da Seleção, do guaraná Antártica.

Quer maneira mais gostosa de ficar uniformizado que bebendo? Pena as tampinhas de cerveja não valerem. Aliás, acho que merece um registro no SAC da Ambev! Pra quem só bebe refrigente em festinha de criança é muito difícil juntar esse montante. Tudo bem, nada que não se resolva. Fiz todo mundo beber vodka com Soda, whisky com o guaraná, pinga com Pepsi e Sukita pra curar a manguaça.

Gostei da humildade da Antártica. Antes que alguém perceba e diga "ih, não se parece muito com a camiseta do Pelé", a própria fabricante já incluiu um mea culpa em todas as peças. Pode olhar que tá lá, logo abaixo do número a inscrição em letras garrafais: "NINGUÉM FAZ IGUAL"

Gauchada, não se espante! Sim, a promoção existe. Fomos excluídos. Quem mandou trocar anos de Pepsi pela Coca-cola? O sul ficou de fora, paciência. Não é lá aquele espetáculo de camiseta, mas nada que se desintegre na primeira lavada. É uma boa promoção. E legítima, afinal não tem refrigentante mais brasileiro que os das frutinhas amazonenses.

A campanha mais legal ainda é a da Jontex: "Vista a camisa e vá para a Alemanha com Jontex!" Imagina os insights engraçadinhos que a equipe de criação não teve. Coisas do tipo: "Curta uma pelada e vá para Copa com Jontex!" Ai ai, são nessas horas que até me dá vontade de ter feito publicidade.

Enfim, acabo de descobrir que a promoção terminou. Ontem, para ser mais exata. É pessoal, agora não adianta mais juntar códigos de barra e esperar para correr pro abraço na Deutschland depois de um "bimba na gorduchinha".
Mesmo assim, quem quiser conferir a propaganda que rolou na MTV dá para ver no site (no bom sentido, viu?). Olha lá: http://www.jnjbrasil.com.br/jontex/campanhas.asp


abril 22, 2006

Fim da festa


Acabou a xeretagem anônima! O Orkut passou a mostrar quem foram as últimas pessoas a visualizarem o seu perfil. Não é lindo isso? Mais privacidade no orkut (para a vítima, claro heheh) Agora dá para cobrar da oposição. "E aí? O que você queria no meu orkut?" Ou daquela pessoa, digamos, interessante.

E as empresas de RH? Dará para saber se o usam como fonte alternativa de consulta também. Será que os headhunthers vão ganhar rostos? Quem sabe até ameaças?

A ver, a ver. O fato é que a festa acabou. Quemm xeretar estará dando a cara para bater. Achei ótimo!

abril 14, 2006

Mel...da

Acordei sentindo um cheiro de merda tremendo. Era tão forte, mas tão forte que chequei mais de uma vez se nenhum acidente noturno havia me ocorrido. Que péssima maneira de começar o dia!

Era a Mel. Uma poodle que sofreu um desarranjo na madrugada. Por sorte saí do quarto calçando um chinelo. A pobre havia deixado rastros por toda a casa.

Por mais perfume que se pusesse não adiantava. O ambiente já está impregnado e o olfato viciado naquele maldito fedor. Minha irmã, que planejava ir para o trabalho comendo um chocolate, desistiu. Olhou o excremento no chão e o aspecto do ovo de páscoa em sua mão e não teve estômago. Devolveu-o a seu lugar. Saímos. No final do dia, tudo cheirava a lavanda.

abril 11, 2006

Olha o chicote!


Blogueiros e hereges de plantão: morram de inveja! Estou trabalhando com a mente brilhante ou doente, quizás até demoníaca, dependendo do ponto de vista de alguns leitores, enfim com o jornalista por trás (ou à frente, vai saber hehehe) do famoso blog Jesus, me chicoteia!, Marco Aurélio dos Santos.

Para quem curte ou ainda não conhece fica o link aí do lado a partir de hoje. Buenas, me despeço parafraseando Pernalonga, antes que sobrem chicotadas para mim.

That's all, folks!


abril 10, 2006

Porto Alegre é demais!


Não imaginava tão bonita, nem tinha percebido um domingo tão sonoro e agradável como o daquela tarde ensolarada no brique, no coração do Bom Fim. No coração de Porto Alegre.

Realmente era verdade. Fui testemunha mais que ocular da cegueira que nos ocorre quando estamos habituados a um lugar. Tão qual a embriaguez que nos deixam os perfumes a ponto de causar enjôo até a melhor das fragrâncias.

Precisei pegar emprestado os olhos de turista. Passar um bom tempo fora e então enxergar, com meu olhar revigorado e saudosista, receber com intensidade todas as impressões que me deixavam cada canto da cidade por onde passei. Vasculharam minha memória, eu confesso. Sem eu pedir ou querer, num processo involuntário, mas prazeroso; de redescoberta.

Passeava eu ali. Entre gremistas e colorados com mate em punho. Entre as tribos que só vejo se mesclarem no Parque da Redenção, coisa que não vejo outra explicação senão a própria sugestão do nome quejá avisa ser ali um terreno livre, sem espaço para hostilidades.

Não enconcontrei nenhuma celebridade descabelada levando o cachorrinho pra fazer cocô na rua, mas amigos. Muitos amigos. Quase 50. Em Porto Alegre se vê gente que se conhece. Que não abana por simples simpatia ou cinismo ou para manutenção de seu eleitorado, mas porque de fato te reconhece. E é tão bom!

Porto Alegre não tem a quantidade de opções culturais que Sampa oferece, mas os programas que existem são devorados com voracidade. Como a terça-feira, a primeira de tantas em que finalmente pisei no bar Ocidente para assistir ao tradicional sarau. E o céu! Como esquecer do céu, que não fica cinza nem em dia de chuva. Do jeitinho que dizia a música. "A minha terra tem o céu azul. É só olhar e ver."

Vou sentir saudades. Provavelmente mais que antes. Por motivos distintos dos que me faziam sentir saudades outrora. O que alivia o aperto no peito é a certeza de que quando voltar, levarei novamente a lucidez dos olhos de turista para então gozar de estar em Porto Alegre como ela merece. Como sempre deveria ser.

março 27, 2006

Cores

Laranjinhas
Lembrete: Nunca entrar no aeroporto vestindo roupa cor de laranja.
Nunca vi tanto. É uma invasão! Tenho lá minhas dúvidas se eles não me perseguem. Ônibus laranja, funcionários do check-in ao comandante vestindo laranja. Tudo bem, é a identidade da companhia. Paro para jantar uma pizza e adivinha de que cor eram os uniformes dos atendentes? Siiiim! Não tive coragem de pedir o suco. Tomei um guaraná.
Red
Free shops são um paraíso à parte. Meu embarque era no portão internacional. Uma maravilha. Apesar da fila para alfândega, mesmo com passagem doméstica, gastei uns bons minutos entre prateleiras de perfumes importados a preço de banana. Converti o valor para real no celular. Menos da metade, que delícia!
Um aviso alertava que ali não se aceitava pagamentos em reais. Perguntei para a caixa se aceitavam cartão de crédito. "Claro. Todos menos os de débito" - respondeu. Feliz da vida, peguei um Hugo Boss Red e estiquei o braço para alcançar meu cartão. Eis que me pedem: " Por favor, o passaporte e o cartão de embarque." Não tinha passaporte em mãos e só o bilhete pra Porto Alegre. Com aquela educação de aeroporto que beira o irritante a caixa me disse: "Sinto muito, senhora. Só podemos vender para quem vai deixar o país." Por segundos, cheguei seriamente a pensar em partir para Montevidéu.
Colorê
Existem estratégias de marketing no mínimo burras. Deparei-me com uma delas num desses meus fins de semana de mãe honorária. Fui ao cinema assistir um filme infantil com minha irmãzinha. Sala especial. Em letreiros coloridos dizia: "Espaço Disney". Bacana - pensei, isso antes de entrar na sala.
Gritaria. Pipoca no chão. Cabelo na mão. Era uma bagunça! As cadeiras; cada uma de uma cor, e a criançada enlouquecida e hostil, brigando ora pela cadeira rosa, ora pela azul, ora pela amarela... Se Chaves adentrasse aquele espaço, possivelmente diria a quem o elaborou: " Que burro, dá zero pra ele!"
Enfim, poderia ser pior. Ainda bem que não estavam estampadas com as caras dos personagens.

março 24, 2006

Office-girl

#
Descobri que estava quebrado só quando abri. Puta merda! – pensei – peguei o guarda-chuva errado. Justo quando teria que descer e em seguida dar uma bela pernada de salto alto até alcançar a Av. Paulista. Estacionamentos não faltam pela redondeza, é verdade, porém são caros e o metro quadrado por minuto costuma sair salgado por aquelas bandas.

O relógio marcava 7h35. Já previa a necessidade de fazer hora pelo menos até os bancos abrirem. Deixei o carro bem longe, onde assegurasse que ao invés de R$ 8 a hora não pagaria mais que R$ 2 pelo mesmo período. Longe, inconveniente, mas econômico. Pra variar, mais uma vez meu lado fresca se curvava ao pão-dura, que só perde para o outro quando cai naquele velho truque da liquidação. Ô palavrinha perigosa!

Segui munida apenas com aquele pedaço de tecido com meia dúzia de varetas ainda inteiras, brigando numa luta acirrada contra o vento e a chuva que pareciam vir cada vez mais fortes, num delírio sarcástico, como se obtivessem prazer em serem responsáveis pelo meu desalinho. Quase 8 da manhã. Em meio ao atrapalhado manuseio da coisa estropiada tentava manter certa elegância para não fazer feio naquela passarela empoçada onde desfilavam apressados ternos e gravatas pra lá e pra cá.

Tinha assinalado na agenda tudo que deveria fazer naquela manhã. Primeiro sacaria dinheiro para pagar uma conta de luz vencida com título de outro banco. Depois buscaria os livros de espanhol encomendados na véspera. Passaria então em uma lotérica para recarregar meu celular e também não poderia esquecer de passar numa farmácia no caminho.

Cheguei enfim no primeiro banco. Um dos caixas eletrônicos estava sob manutenção. O do lado, quem sabe, estaria funcionando. Esperei para ver se o rapaz que estava a minha frente sairia daquele caixa com sucesso. Olho para o lado enquanto aguardo, até porque não é prudente olhar para frente nesses lugares. Sempre tem um desconfiado que pensa que a gente tá lá tentando bisbilhotar a senha do infeliz.

E estava lá, colado naquela porta de vidro trancada o aviso do banco que dizia: “Expediente das 10h às 16h”. Droga! Podia jurar que abriam às 9h! Era inacreditável que naquela babilônia onde todos pareciam estar sempre com pressa fosse possível contar com a boa vontade dos bancários só a partir daquele horário. Sindicato forte é outra coisa mesmo. Seria uma hora a mais para esperar e engordar o cofrinho do estacionamento.Que jeito? Saquei o dinheiro e empunhei novamente aquele troço para encarar a chuva. Um café, quem sabe? E um livro. Buk me faria boa companhia e transformaria aquele monte de ócio em segundos.

Foi o que fiz e, de fato, passou voando. Dei seguimento ao meu plano. Fila de banco. Conta paga. Livros pegos. Celular carregado. Remédio comprado.

Cheguei em casa e a chuva parou.

março 08, 2006

Reflexão do dia


O dia que um homem me possuir com a mesma voracidade com que os pernilongos me atacaram essa noite, aí sim, me sentirei a mulher mais gostosa do mundo!

março 07, 2006

Brokeback Mountain, refri gay e iniciativa feminina

#
Sexta-feira. Última sessão. Uma corrida só para ver os principais indicados ao Oscar em tempo de acompanhar a cerimônia. Já adianto que não consegui ver todos que gostaria. Confesso até que estava bem mais inclinada a assistir Paradise Now, indicado para melhor longa estrangeiro, do que priorizar o filme que José Simão carinhosamente apelidou de “Rave na Montanha”, favorito para levar os homenzinhos dourados para casa e com quatro estrelinhas dadas pela Veja.

Pois bem, que mal tem. Afinal a produção palestina só estava em cartaz em um cinema e sem sessões extras como a dos cowboys. Aliás, abre parênteses, nunca mais a expressão “tomar um cowboy” terá o mesmo sentido para mim. Viram como os caras se encharcavam de uísque? Puro? Será que foram nas pescarias de um Clube do Bolinha gringo e muito suspeito que surgiu a expressão?

Não importa. O que interessa é que o amor é lindo, o Heath Ledger é lindo e a Pepsi é gay! Para quem ainda não viu ou resolver entrar no clima do tema e deixar aflorar o teletubbie que tem dentro de si (De novo! De novo! Heheheh) nem precisa prestar muita a atenção para identificar o logo da Pepsi no México, onde, segundo consta na própria narrativa, tudo pode. Os “chicos” podem ficar soltos e endurecer sem perder a ternura. Será que foi apostando nesse nicho que a marca lançou o Pepsi X na esperança de regar as loucas noites de rave? E a Coca-cola no filme? Aparece imponente, num freezer bem grande e vermelho atrás de um casal hetero. Estranho, muito estranho...

Bom, eu não quero contar a história pra quem não viu até porque é o tipo de sacanagem que ninguém merece, portanto, se alguém se sentir ameaçado lendo esse texto SAIA JÁ E SÓ VOLTE COM O FILME VISTO! Se não, pode ler porque eu não vou contar nada de mais mesmo. Além de muito alcohol, da guerra dos softdrinks e de talvez, promover uma bela campanha anti-tabagista homofóbica (só os gays fumam nesse filme, é incrível!), outra coisa poderia soar como uma indireta à mulherada, como quem diz: “Se ele te viu, você deu mole e ele nem, esquece garota! O gato não tá afim ou não gosta da fruta”.

Meus primos estiveram em Sampa semana passada. Durante a exibição do filme foi inevitável lembrar de uma observação feita em relação ao comportamento dos homens e mulheres na noite paulistana. Disse meu primo: “Bah, os caras são meio parados por aqui, né? Não chegam muito nas gurias”. “Não é sempre assim, mas a mulherada aqui também não perdoa”, respondi.

Existem inúmeros fatores pra justificar a falta de timing dos meninos (covardia, comodismo, timidez, achar que a carne daquele açougue é de segunda mesmo,...), mas fiquem espertas, colegas! Hello! São Paulo não conquistou o título de uma das maiores paradas GLBT do mundo à toa. Há maneiras bem mais femininas de se demonstrar interesse sem um approach mais agressivo. Quando o cara não quer, não quer. Não adianta forçar a barra nem é inteligente chamar de veado. Deixa estar. Eu vou deixar. Pelo sim, pelo não, só quero bambi infeliz na minha cama se for em estampa de lençol neo-expressionista. Pessoal, sem ofensa, viu? Como dizia um ex-cunhado, “eu sou S”! Amigo, amigo...

fevereiro 28, 2006

CPI do Carnaval!

#
Injustiça. Sacanagem. Puxada de tapete descarada. Essa foi a sensação e o sapo entalado na garganta dos componentes da Gaviões da Fiel. Não só da torcida e da comunidade, mas, certamente, de muitos amantes do samba que em coro amargam essa baixaria. E de mãos amarradas.
Não sou paulista, nem corinthiana e muito menos torcia pela escola, mas assisti a um desfile empolgante, de samba-enredo fácil e gostoso de dançar. Dava até gana de cantar "Sou anjo Gavião nas asas da imaginação..." Perder pontos por estourar o tempo, tudo bem, mas a pontuação baixa generalizada ficou muito suspeita. Gostaria de ver a justificativa dos jurados, que segundo as novas regras, devem constar junto às notas. Para mim, o carnaval de São Paulo que se mostrava em plena evolução, mais maduro, mais bonito, um espetáculo de grande qualidade cai em descrédito quando um evento lastimável como esse acontece. Não será somente a Gaviões a ser rebaixada. A derrota é também do carnaval paulistano. Que perde o prestígio. Todos saem perdendo.
O carnaval que é uma festa para trazer alegria e encantar a espectadores e foliões cai na desgraça burocrática. Ao invés de breve ruptura autorizada da ordem, uma mímese da mais desleal face do dia-a-dia. Cheia de regras e oportunidades para sabotar legalmente a quem bem entenda. Sem querer desmerecer, não sei como vence uma escola com desfile tecnicamente correto e de arquibancada muda. A animação deveria ser um imperativo no carnaval.
Injusta. Muito injusta. A Liga deveria se envergonhar. Shame on you! E de todos os jurados que possam ter colaborado para a execução dessa infame rasteira na Fiel, uma escola com 30 anos de carnaval paulistano. Quem será a próxima vítima? Protestaram os torcedores da Gaviões com faixas que clamavam por moralização e uma CPI do carnaval. É uma pena, provavelmente não dê em nada.
Nessa quarta-feira de cinzas, espero que este gavião renasça feito fênix. Parabéns Gaviões! Lindo desfile, samba de primeira e uma elegância exemplar ao deixar a apuração no sambódromo sem nenhuma confusão. De baixaria, já basta a deles. Acenderam as luzes e acabaram com a nossa festa. E a sujeira? Rogo que daqui pra frente só vejamos de confete e serpentina.
Sou Anjo... Gavião
Nas Asas da Imaginação
Eu QUero Paz... Olho pro céu
E Peço a benção de São Jorge pra Fiel
Vi Num Sonho de Criança
Meu Pensamento Flutuar
Abraçado às Estrelas
Eu Me Senti Mais Leve que o Ar
Vi Também A Passarola
Pego a Viola Sou Feliz e vou cantar
Lá Vem o Trem... Lá Vai Balão
Santos Dumont... 14 Bis
Glórias Para O Meu País
Bonjour... Mon Amour... París
E Assim... Cruzando Mares
Navegando Pelos Ares... Conquistei
A Lua... O espaço Sideral
Volto A Realidade
Mas Que Saudade De Ganhar o Carnaval
Tô dentro da Pista...
Eu Quero Voar
Aperte o Cinto
Vamos Decolar
Amor em teus Braços
Vou Me Apaixonar
Eu fico louco só de Imaginar

fevereiro 08, 2006

Aniversários

#
2 de fevereiro. Dia de Nossa Senhora dos Navegantes e véspera do meu. Para minha estranheza, descubro que não é feriado em São Paulo. Que legal! Impossível evitar certa empolgação com o meu histórico. Sim! Para quem viveu anos à sombra de homenagens à Iemanjá, amargando aniversários em meio a feriadões, quando não enfrentando uma verdadeira via crucie na praia, chutando melancia e caroço de milho verde, desviando de frango assado e quase furando os pés em cacos de vidro dos espelhinhos ofertados à santa nos festejos à beira-mar. Costumes do sul, que não me orgulho nem um pouco. Será que por esses lados também tem disso? Não sei.

Fui uma aniversariante frustrada por muito tempo. De festinhas não mais vazias graças a parentada de fé e dos beberrões e barrigudos que não perdem uma boca livre por nada. Adoro ser aquariana, ter nascido às três da tarde, em pleno verão, no mês e país do carnaval, mas não poder ser presenteada com a presença de muitos amigos queridos sempre foi um fato que me custou a aceitar.

E nos tempos de escola então? Que aquelas ingratas férias estudantis de três meses só colaboravam para impossibilitar a reunião dos buddies mais chegados. Aprendi a duras penas e litros de lágrimas a entender que meus amiguinhos não viriam na minha festa porque os pais estavam de férias em Florianópolis, Capão da Canoa, passeando pelo nordeste ou mandaram os pimpolhos para Disney, enfim, na puta que pariu bem longe de onde eu inventei de comemorar.

É, nem ovo na cabeça eu levei (Esse hábito será que existe aqui também?). Pelo menos não em virtude do meu aniversário. Confesso que já cheguei a sentir uma ponta de inveja dos colegas que voltavam do colégio com as cabeças adornadas por farinha, ovo, mate, areia, catchup, tinta guache, todo o tipo de porcaria pegajosa e fedida que estivesse ao alcance ou cálculo premeditado daquelas mentes brilhantes. Eu sei. Aquilo levaria dias para devolver às madeixas o cheiro de shampoo. Nojento, mas uma sincera, embora esquisita, demonstração de lembrança e carinho dos companheiros de classe. E era justamente essa sensação que eu desejava ter. Por um período cheguei a cogitar a hipótese de celebrar os meio-anos completos. Quem sabe assim, fazendo meio-ano em agosto, eu teria a chance de juntar a tchurma. Achava a idéia genial, mas não colou. Não sei porque as pessoas têm tanta resistência a abrir mão de velhos paradigmas! Anyway, segui soprando velhinhas só em fevereiro, com a platéia que fosse, que fui também aprendendo a valorizar.

Neste ano as bodas chegaram em São Paulo. Na babilônia apressada que não tem o dia 2 destacado nos seus calendários. Num mundo mais maduro, onde meus amigos já não passam meses ao ar livre em praias distantes, mas de segunda a sexta na labuta em estruturas de concreto por aqui mesmo.

Arrisquei. Agendei uma comemoração, mesmo estando bem familiarizada com a minha sorte rotineira nessa data. Seria em um bar que me daria uma garrafa de champanhe independente dos meus convidados aparecerem. Para variar, deu merda. O lugar estava uma droga. Tudo bem. Nenhuma surpresa. Com a serenidade que o tempo me deu, saí, enviei mensagens, remarquei em outro local e me dirigi para lá, decidida a não deixar passar em branco e a aproveitar a companhia de todos aqueles que se dispusessem a me prestigiar. E foi assim, gostoso e despretensioso que comemorei meu aniversário. Não meio-ano, mas ano inteiro e em fevereiro, em pleno verão, no mês e país do carnaval.


Obs: Obrigada a todos que estiveram presente. Significou muuuito pra mim. E também a todos que lembraram, me ligaram, escreveram ou mandaram mensagens de parabéns! Muito obrigada!

janeiro 28, 2006

Lições de Buk e Homer


Buk e Cass

Bukowski rules! Realmente o conto "A mulher mais linda da cidade" é genial. Buk empresta a sabedoria de sua embriaguez sana a personagem Cass. Fiquei fã da Cass. Olha só que lindos e francos trechos:

" - Imaginei que estivessem interessados em mim e não apenas no meu corpo. - Eu estou interessado em você e também no teu corpo. Mas duvido muito que a maioria não se contente com o corpo."

" - Por que é que faz tanta questão de esculhambar o teu rosto? - perguntei. - Quando vai se conformar com a idéia de ser bonita? - Quando as pessoas pararem de pensar que é a única coisa que eu sou. Beleza não vale nada e depois não dura. Você nem sabe a sorte que tem de ser feio. Assim, quando alguém simpatiza contigo, já sabe que é por outra razão."

Tem outros ótimos, mas não vou estragar a descoberta. Deixo que leiam no próprio livro do querido velho safado.

Espírito esportivo by Homer Simpson

Homer anuncia à familia que tem um compromisso importante, uma competição de cerveja. Bart lhe pergunta: - E você acha que vai ganhar, pai?

Homer responde: - Filho, quando se participa de eventos esportivos não importa quem perde ou quem ganha, mas o quão bêbado se fica.