agosto 30, 2005

... e ele não ligou!


Perdi as contas de quantas vezes já ouvi uma amiga reclamar de algum cara que prometeu o mundo, tirou a casca que queria e depois nem ligou. Literalmente!

O telefone ali e nada. Nem um toque de misericórdia. E o pior, quando toca e é engano ou é mensagem da Vivo (heheheh). Pois bem, um homem finalmente resolveu escrever um livro para esclarecer à turma da calcinha os porquês de nos provocarem essa agonia.

Greg Behrendt é o autor do livro recém lançado pela editora Rocco, com um título bem direto: "Ele simplesmente não está a fim de você". Para quem se interessa pelo currículo do moço vale lembrar que ele também é redator do bem-sucedido seriado cor-de-rosa Sex and the city. No site Delas (http://delas.ig.com.br/materias/311501-312000/311954/311954_1.html) há uma crônica bem-humorada sobre o assunto e o livro. Típico do universo feminino, mas vale a pena conferir.

agosto 29, 2005

Dias de criatividade no limbo


Estou em dias de criatividade no limbo, mais introspectiva. Sério! Parece que tudo que tento escrever não toma a forma devida e a cada dia que passa me sinto ainda mais em dívida com minhas próprias idéias. Não tenho compromisso com o tempo. Aqui talvez seja o único espaço em qual realmente não tenho compromisso senão com minha própria vontade, consciência e consideração com aqueles que dispensam algum tempo para ler o que quer que eu escreva.

E é por isso mesmo que não vou escrever uma besteira qualquer, fazer como tantos colunistas que optam, às vezes, por falar da ausência de algo a ser comentado para simplesmente preencher um intervalo. Me perdoem queridos amigos, espero a boa maré voltar.

agosto 09, 2005

Apreciem mais a subestimação


Desconfio dos elogios. Agora mesmo estou tentando descobrir se eles realmente nos fazem bem. Pare e reflita. Que reação você costuma ter após receber um? São ótimos, mas sinto que eles fazem inflar o ego, passam segurança, autoconfiança e, às vezes, nos tornam menos exigente com nós mesmos, como se de alguma forma eles dissessem que já está bom assim.

Gosto quando me subestimam. Não pelo pouco caso em si, mas pela potencialidade de surpreender. Subestimar provoca. Desafia nosso ego. Faz com que nos esforcemos mais para provar que estavam enganados e somos muito melhores do que se imaginava. Desperta um instinto de superação e pró-atividade muito mais construtivos que um elogio.

Os especialistas em motivação organizacional que me perdoem. Tudo bem que um elogio inspira mais que uma crítica, mas não há nada que se compare com a subestimação. É só lembrar das apostas, dos desafios. Quem nunca se sentiu provocado com um “você não é homem ou mulher pra isso?”, um “duvido” ou mesmo aquele olhar que já entrega a falta de crédito e expectativa depositadas em você.

Aprendemos isso desde cedo. Faz parte da pedagogia de muitos pais, inclusive, usar um “duvido” para convencer a criança a tomar uma atitude, como simplesmente terminar um prato de comida. Logo se percebe a malandragem e não se cai mais nessa, mas aquela fórmula desafiadora fica impressa em algum lugar da nossa memória e vira e mexe vem à tona. No trabalho, na educação, num relacionamento ou no fim dele. Situações em que temos que parar e seguir o conselho do tio Zambiasi*: “Eu quero, eu posso e eu vou conseguir!”

Talvez o elogio que realmente tenha valor seja o recebido depois de ser subestimado. Esse sim, vem como para coroar um esforço que não foi em vão. Não nos diz que já está bom assim, mas que valeu a pena. Deixo o meu conselho: Apreciem mais a subestimação.

*Sérgio Zambiasi é famoso no Rio Grande do Sul por ancorar o programa popular matinal “Comando Maior”, na rádio Farroupilha. “Eu quero, eu posso e eu vou conseguir” é uma das frases tradicionais e repetidas há ano no começo do programa.