novembro 26, 2008

Ajudem Santa Catarina!

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Galera, aquele pedacinho do paraíso chamado Santa Catarina está debaixo d´água, com uma série de famílias humildes precisando de ajuda. Conheço bem o Estado e sei que além da gravidade da situação as pessoas lá realmente não tem condições de se reerguerem sozinhas. Quem quiser ajudar pode fazer doações de qualquer quantia em uma das contas abertas pela Defesa Civil. Ajudem!!!

Segue o link:
http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1

novembro 19, 2008

Abaixo o Eu te amo

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Desconfio de quem diz “eu te amo” muito fácil, rápido. Nunca levei muita fé nisso. Parece-me impulsivo e pouco verdadeiro.

Acredito que quando a gente ama de verdade essas palavras vem naturalmente em algum momento, assim, sem pressa. E saem fluidas, sem tropeço, tão certas de si que nem precisariam realmente ser ditas. Falamos simplesmente porque elas já não cabem mais dentro da gente. Transbordam e saltam para fora.

Ouvir um Eu te amo é algo que nunca fiz questão por essa razão.As palavras são descartáveis. Não se bastam por si só para que façam algum sentido, e quando fazem, são redundâncias.

Sabe o que me comove? Coisas simples que falam muito mais, alheias a nossa vontade. É aquele brilho no olhar que nos sorri, como se dissesse “Eu estou tão feliz de estar aqui com você”, completamente fora do nosso controle.

O beijo na cabeça. Aquele beijo na cabeça, às vezes na testa, que surge de repente, tão desprovido de sexualidade e ao mesmo tempo tão cheio de afeto.

O jeito de dormir abraçado meio torto, que ambos sabem que está desconfortável, mas que tem uma razão de ser, que é a vontade de se mostrar de alguma forma que está ali, que se importa e não quer desgrudar de quem se gosta por nada.

O cafuné, o abraço longo e apertado, a vontade de falar qualquer coisa tola só pra ouvir a voz.

Há formas verbais também de se dizer que se gosta sem dizer "eu te amo". Quando de repente a gente se vê cúmplice, trocando segredos. Quando vem aquela preocupação e a gente só sossega quando tem certeza de que a pessoa está bem.

O que dizer das vezes em que bate um impulso incontrolável de partilhar uma boa notícia das nossas vidas com o outro tão logo ela é recebida, ou ainda quando se permite ser frágil para confessar que as coisas não vão muito bem.

Pode ser que nada disso seja amor, mas das diversas formas de amar, acho que estão diluídas aí, nessas pequenas grandes coisas, a tradução do que realmente importa. Se isso houver, digo e repito. Nem é preciso dizer "eu te amo". Eu, pelo menos, não faço a menor questão.

novembro 13, 2008

Os melões

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Quarta-feira, 18h30. Chuva torrencial em São Paulo e uma sacola pesada de feira pra levar pra casa. Olho pra ela, olho para o guarda-chuva. Precisaria de muito malabarismo para carregar aquilo tudo e ainda me equilibrar num saltinho escorregadio de 10 cm.

As frutas podem esperar - pensei. Deixo a sacola sob a mesa e vou embora. Cinco minutos depois toca o telefone:

- Paula Pereira, você esqueceu seus melões na redação.

- Sim, sim. E uma penca de bananas, eu sei. Foi de propósito.

novembro 11, 2008

Cenas de bar

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Duas mulheres num balcão de bar. Drinks à mão, risadas à revelia. Aquela encenação de vulnerabilidade proposital que é um convite à artilharia masculina. E como tal funcionou.

Sem pensar duas vezes, um rapaz se aproxima. Bonito, alto, porte atlético. Tinha tudo para se dar muito bem naquela noite.

Interrompe a conversa das amigas e pergunta:

- O fio dental. Vocês passam antes ou depois de escovar os dentes?

Boquiabertas, encaram o aventureiro por alguns segundos, dão as costas e se entreolham mais uma vez antes de tomar mais um gole do que bebem.

Era fato. Que bela oportunidade perdida de ficar calado!

setembro 29, 2008

Sombra na maromba

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Olha, esse negócio de ter seguidores no Twitter é muito bacana, mas ter alguém na tua cola de verdade, assim de carne e osso, não é muito confortável não. E eu, premiada que sou, tive o desgosto de ganhar uma sombra com muito mais carne do que osso e na academia.

Uma não, um para ser mais exata. E fui arrumar justo um seguidor que puxa ferro, um possível psicopata marombeiro, alguém que pode ver pelos pesos ridículos que eu levanto que não posso com ele mesmo. Que raiva! Logo eu, que tento parecer o mais invisível possível para freqüentar essa que não é lá das minhas faunas prediletas. Achei melhor compartilhar essa história, afinal se eu sumir de repente tá aí uma boa pista pra começar a investigar.

Não sei quando começou, mas já tem umas duas semanas que percebi ele rondando. Primeiro vi na escada. Saí de uma aula e o maluco tava lá, sentado no meio da escada, com os cotovelos sobre os joelhos e a cabeça apoiada em uma das mãos como se estivesse entediado de esperar por alguém que vinha daquela mesma direção.

Passei reto e ele logo se pôs de pé. Peguei minha ficha de treinos e a pessoa pára do lado para pegar a sua também. Segui para os alongamentos, ele também. Ia de um aparelho a outro e fosse na frente ou logo ao lado está o sujeito lá, e a lançar olhares.

Natural - pensei da primeira vez. Afinal de contas, o cara começou o treino no mesmo horário e nada mais normal que estar por perto. E depois entrei há pouco tempo pra academia, não é de se estranhar que as pessoas reparem na presença de um rosto desconhecido.

Mas a cena se repetiu. Várias vezes, em horários e dias alternados, sem deixar dúvida, ficando mais assustador. Vou para um lado, vou para outro, tento me isolar e ele lá, à espreita, a ponto de algumas vezes simplesmente se sentar num aparelho próximo e ficar me olhando, assim, sem mais nem menos, sem fazer exercício algum. Eu saio, ele levanta e sai também. Oh God!

E não fala a criatura. Se ao menos dissesse alguma coisa ficava mais fácil de xingar. Diz aí? Como que faz pra mandar um sujeito desses cair fora? Chamo o professor e vou dizer o que? “Olha aí, o cara tá me seguindo aqui dentro, faz ele parar, por favor?”

É complicado. Só sei que não estou gostando nada disso, apesar dessa história ter me lembrado agora um pouco de Ata-me, do Almodóvar... o que não seria nada mal se o maluco ao menos se parecesse com o Antonio Banderas.

agosto 29, 2008

A Neusa

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Ligação recebida agora:

- Alôoo? Cadê a Neusa?, diz a voz estranha do outro lado da linha.


- Desculpa, senhora. Acho que foi engano. Não tem nenhuma Neusa nesse número – respondo educadamente.

- Mas é o número da Neusa. Como é o nome da sua mãe?

- Não é Neusa.

- Tá, mas qualé o nome dela então?

- Não interessa o nome da minha mãe, mas ela não é Neusa. Nem ela, nem eu, nem ninguém aqui. Foi um engano, senhora.

- Quer fazer o favor de me passar pra Neusa?

- Pi pi pi pi pi.

Esgotou minha paciência pra tanta ignorância.

agosto 28, 2008

Cão de gravata

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Adoro o cachorro de gravata aqui da rua. E isso não se trata de mero fetiche por aquele executivo gostoso, mas belíssimo filho da puta que freqüenta as redondezas. Esse anda de quatro mesmo, por natureza e não subordinação.

Quase sempre está lá, entre a barbearia e botequinho na altura do número 700 da minha rua com sua gravata vermelha. Simpático que só. Não sei quem é o dono. Ou dona. Ou se tem realmente alguém que olhe por ele, ou se apenas circula pela vizinhança na estica, como um vagabundo de terno que procura emprego.

Só sei que o dia é mais triste quando não o vejo na descida ou na subida de volta do parque. Como hoje. É, aquele cachorro desconhecido, mas interessante, intrigante deixa o meu dia mais feliz.

julho 31, 2008

Dia do orgasmo

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É galera. Parece que é isso mesmo. Hoje, 31 de julho, é o dia do orgasmo. Uma puta oportunidade dessas de escrever um texto engraçadinho sobre a data, e eu perco. Perco porque por mais vontade que eu tenha não dava pra escrever agora. Não depois de ler o texto do Tas. Tsic, tsic, não dava mesmo, fiquei altamente influenciável. As piadinhas pipocaram nessa mente doentia e certamente qualquer esforço estaria poluído, nada genuíno.

Mas para não deixar passar em branco segue o link do Blog do Tas, ok? Leiam, "bobinhos"! É legal. E tenham todos um feliz dia do orgasmo!

junho 20, 2008

Pega pra capar

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Aqueles que se importam em ter algo, digamos, sobrando por aí que me perdoem, mas cirurgia de troca de sexo coberta pelo SUS é um pouco demais para a minha cabeça (com o perdão do trocadilho, não que eu tenha, of course kkk).

Gente, um pinto a mais, um pinto a menos, que diferença faz pra quem já estava acostumado com isso? Com tanta gente morrendo em fila de hospitais por falta de recursos, com doenças graves que não podem esperar, chega a ser um insulto que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tenha anunciado no último dia 5 que até o final do mês baixará uma portaria, tornando realmente gratuitas as cirurgias de mudança de sexo pelo SUS.

É isso mesmo, um capricho (porque não é um caso de vida ou morte, sequer problema de saúde) vai ser financiado por dinheiro público.

E onda chegou na bicharada de São Paulo. O excêntrico prefeito Gilberto Kassab regulamentou a pouco mais de dois meses outra lei polêmica a Lei Trípoli que regulamenta o exercício de canis e pet shops. Até aí tudo bem, mas o problema é que desta vez querem obrigar que o comércio de cães e gatos seja feito apenas com animais já microshipados e castrados, isto é, que submetam filhotes recém-nascidos, com menos de 60 dias e a saúde ainda bastante delicada a cirurgias complexas como esta sob pena de multa de R$ 1 mil a R$ 500 mil e apreensão dos bichinhos caso os estabelecimentos não cumpram a regra. Pode? Os animais geralmente são castrados após seis meses, já adultos.

A razão até é nobre – conter a superpopulação de animais e conseqüente abandono na cidade, que consome a cada ano mais recursos da prefeitura. Pena que o meio escolhido seja maquiavélico e tão radical. E ainda se orgulham de ser a primeira prefeitura a ter uma lei dessas. Façam-me o favor!

junho 19, 2008

Mamãe, quero ser um bife

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Nunca pensei que na terra do peixe cru a carne pudesse ser tão estimada. Ontem se comemorou oficialmente o centenário da imigração japonesa no Brasil e entre as tantas reportagens sobre o assunto, uma delas falava sobre o criação do gado Wagyu, raça que recebe um tratamento vip digno de dar inveja do Zeca Pagodinho às vacas sagradas indianas, exceto pelo sacrifício, claro.

Além de custar no Japão o equivalente a R$ 1 mil o quilo da carne, o Wagyu tem uma vida boa e tanto, criado com doses diárias de aveia, cerveja e massagem (é, isso mesmo!), com direito até a tratamentos de acupuntura e uma lustrada básica no pêlo com saquê.

Ô boizinho de sorte! Tá aí uma bela maneira de se gozar a vida, ainda que seja breve.

junho 13, 2008

Off-line

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É, parece que alguém resolveu me foder no dias dos namorados, e não foi um moreno alto, bonito e sensual, mas a Vivo. E ela passou longe de resolver os meus problemas.

Digamos que tive minha sexta-feira 13 antecipada. Tinha que cobrir um evento às 8h30 da manhã do outro lado da cidade, numa quinta, isto é, nem que eu quisesse poderia pegar o carro por causa do rodízio.

Organizada como sou, mal acordei e já tratei logo de ligar para a rádio-táxi para agendar o carro. Tentar ligar, na verdade. Disco o número com o boleto na mão e ao invés de ouvir o piiii, piii tradicional do sinal de chamada escuto “Vivo informa...” Ih, começou com Vivo informa já é meio caminho andado para ser merda.

E era. Assim, sem mais nem menos, em pleno dia dos namorados, de rodízio e de evento cedo na puta que pariu a Vivo resolveu, baseada em algum sistema de CRM do mal, que era a hora perfeita de me sacanear e suspender o meu telefone.

Pois é. Fiquei sem serviço nenhum sob a alegação que só vim a saber no final da noite de que o sistema deles não tinha identificado meu pagamento em uma nova modalidade que me migraram.

Poxa, mesmo que eu fosse uma inadimplente de plantão, os caras lidam com um serviço que fica 24 horas do meu lado, não tem desculpa para dizer que não me encontrou, não é verdade? Cobrar com jeitinho, checar se há alguma irregularidade, mas não, foi mais fácil apelar para o menos simpático. Cortar sem quaisquer aviso prévio, me deixar em apuros (e sozinha diga-se de passagem) num dia de cão.

Já foi religado, mas isso tudo depois de eu ter feito plantão e até dado telefone de orelhão para retorno da rádio-táxi (que também levou 1h30 para me atender, mas isso já é outra história), passado o dia todo incomunicável, pedido favor para deus e o mundo, ter feito minha mãe achar que eu morri, imaginando que marquei um blind date com um estranho psicopata e que meu corpo jazia em uma cama ensangüentada de motel barato agora.

Uma semana. Esse é o tempo que ficarei com a empresa. Só até aderir às concorrentes e é no plural mesmo. Depois dessa experiência desagradável e constrangedora descobri que com operadora de celular tenho que lidar como com os homens. Definitivamente não dá para ficar dependente de um e por segurança é prudente que se tenha pelo menos outro na manga em caso de emergência.

abril 09, 2008

Pão pão, queijo queijo

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Amigos, please! Ajudem uma loira a acabar com esse terrível dilema gastronômico. Afinal, queijo minas frescal é o mesmo que queijo branco?

Eu acreditava que sim. Até ONTEM. E olha que senti a diferença na pior e menos provável das circunstâncias, com fome, quando é de praxe que se devore o que quer que seja sem sequer se dar conta das nuanças de sabor.

Estava habituada a vez ou outra comprar o tal do queijo branco embalado naquelas bandejinhas de supermercado, até que então resolvi “inovar”. Com pose de quem tem algum tostão no bolso, entrei numa padoca chique, aquelas com tudo muito gostoso disposta a sair de lá com um pote de tomate seco e o queijo branco, pequenos caprichos que o cartão-refeição recheado de papis ainda me permite ter.

Feliz da vida, levei para casa uma embalagem dessas de minas frescal. Mordi e... eca. Não era bem o que eu esperava e agora jaz num pote no fundo da geladeira.

Bem, se forem a mesma coisa das duas uma: Ou o queijo tava estragado ou meu paladar é que anda meio torto ultimamente. Pessoas espertas, aguardo contribuição.

abril 04, 2008

Ele está em toda parte

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“Ooooooie!!!” - disse Tânia, tão logo me viu entrar no inferninho, vindo toda sorridente, de braços abertos, em minha direção.

“Guria, tu não vai acreditar. Encontrei Jesus!!!”, anunciava, apontando para o canto direito do fundo do bar.

“É, aquele loiro cabeludo ali. O nome dele é Jesus, mas os amigos chamam de Alemão. Ele prefere assim, sabe como é... "


"Hahaha, imagino", concordei.

Tô pegando” – confessava ela, com aquele ar de menina herege, orgulhosa da própria travessura, enquanto mexia o canudinho de sua Gin Tônica.

Agora assim, quem sabe, com a cara de pau comum a toda jovem com a libido à flor da pele, convencesse o pai que andava em boa companhia.

Que família! Que genro!


março 23, 2008

Feliz Páscoa!

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Caros, não podemos deixar essa data passar em branco, mas nem por isso é preciso ser óbvio e piegas. Por tanto, compartilho com todos a felicitação mais original que recebi nessa páscoa do meu amigo e futuro comediante de sucesso que pretendo agenciar, Paulo Gorniak. Parabéns querido!


"Feliz Páscoa!


Desejo que o coelhinho traga alegria a todos vocês, assim como fez a alegria do Totó.


Um abraço


Paulo Gorniak"


março 10, 2008

12 mandamentos?

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Deu a louca na igreja! Primeiro foram os padres brasileiros reivindicando o fim do celibato, agora é a vez da própria matriz católica se julgar no direito de dar aquele upgrade nos mandamentos e criar novos pecados para os tempos modernos.

Parece piada, mas não é. Segundo a agência Reuters, o arcebispo Gianfranco Girotti (uma espécie de executivo do alto escalão do Vaticano), anunciou no último fim de semana que os fiéis devem estar atentos aos novos pecados.

Quais seriam eles? Pois bem, o tema é mais aberto que o discurso anti-terrorista do Bush, mas por ora, os mais novos tópicos a serem incorporados no “shall-not-do list” católico são os pecados de manipulação genética e poluição. Isto é, vamos todos para o inferno! Se o se o papai do céu concordar com esse delírio, of course.

Imagine que tipo de merda se poderá ouvir no confessionário: “Padre eu pequei. Joguei uma casca de banana no lixo não-orgânico e, eu juro que não queria, mas acabei, distraída, tocando um papel de bala pela janela do carro. Carro? Eu disse carro? Perdão senhor, acho que então também emiti um pouco de gás carbono”.

Haja Pai-Nosso e Ave Maria! Oh God! Daí-nos força e tolerância pra aturar essa putaria pseudo-religiosa! Tsic, tsic, pudera perder tantos fiéis.

fevereiro 25, 2008

Merdas acontecem

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Acabei de devorar um pacote de M&Ms inteirinho, mas o que eu estava precisando mesmo era entrar no clima de Mentos. Aquele coisa de “merdas acontecem, mas sorria”, sabe? Levar a zica na esportiva, ignorá-la, ficar inabalável a qualquer tremor, sem descer do salto.

Afinal, eu sou uma pessoa que pensa positivo, mas quando coisas chatas acontecem na seqüência, haja bom humor pra soltar aquele sorriso amarelo e achar tudo lindo, tudo bem.

Quando o assunto é carro, por exemplo. Até consigo encarar o trânsito infernal de São Paulo com parcimônia, mas quando um cegueta dá ré no estacionamento da padaria e bate no teu carro aí começa a esquentar o clima. Isso foi na terça-feira. Olhei, não foi nada. Deixei a moça distraída ir embora numa boa.

Depois foi a vez dos meus sapatos. Primeiro arrebentou meu chinelo, que já era pouca merda mesmo, mas o que doeu foi ver irrecuperáveis dois dos meus calçados prediletos. Tá isso pode parecer fútil, mas eles significavam muito para mim. Eram legítimos coringas, que se foram de uma vez só num momento em que o extrato da minha conta bancária me diz que não é aconselhável renovar meu humilde estoque de saltinhos agora.

Pelas baladas ruins vou passar batido, nem vou usar para engrossar a lista de zicas, de repente uma delas que rendeu até barraco conto em outra oportunidade, mas o que interessa agora é a segunda grande dor dessa semana, um evento que envolve dois carros e uma coluna.

Olha, se isso aqui fosse escrito em papel já estaria borrado de lágrimas nesse instante, porque dá vontade de chorar só de lembrar! Fui eu feliz e faceira visitar papi e mami nesse domingo, comentar as novidades, matar a saudade, assistir e discutir banalidades do Fantástico e do Big Brother.

No que entro na garagem de sempre, uma surpresa. Um carro estacionado no meio do caminho, que já era uma curva fechada em “S”, chatinha de passar. “Ok, eu sou pilota. Manobro um pouquinho aqui e tá tudo certo”, pensei. Errado! Meu freio falhou, o carro deslizou para trás e a lateral direita foi pro saco e hoje guarda lembranças em profundos arranhões do preto e branco da coluna.

Que raiva! Bom, eu já falei do meu extrato, né? E que não tenho seguro? Não? Pois é. Imagina a alegria com que entrei pra matar a saudade. Só pensava em xingar o síndico e apedrejar o carro do vizinho, que misteriosamente ocupava uma vaga legítima, nunca antes usada ou vista. Acho que recém criada pra abrigar aquele veículo infeliz no meio do caminho.

Hoje é segunda-feira. Finalmente ia renovar meu passaporte, uma demanda parada há uns sei lá, dois anos, acho. Fui para o prédio da Polícia Federal na Lapa. Trânsito de pré-feriado em plena segunda-feira, mas ok, como disse, já aprendi a ter mais paciência com esse problema.
Mais de uma hora depois achei ao endereço com tranqüilidade (pilota, enfim, apesar do amassado sugerir o contrário!) Praticamente sem um puto no bolso, não tinha como estacionar nos mercenários da redondeza que cobravam R$ 8 por ½ hora!!! Um absurdo. Tive que convencer o tiozinho que cuidava de carros na rua a dar uma olhada com carinho e um preço camarada.

Lá fui eu, num calor de 29 graus, sobre um saltinho reserva que me restava, com todos os documentos na mão para resolver aquilo. Cheguei lá e adivinha? Meu agendamento não constava. God! Perdi meu tempo e meus últimos tostões. Fiquei com o saldo total de cinco centavos na bolsa.


Bora para o trabalho! Atrasada, obviamente, com uma tendinitezinha chata na mão direita, uma matéria para entregar, um e-mail desagradável na caixa de entrada e muita persistência numa tentativa sobre-humana de respirar fundo, chupar um drops, e aí quem sabe sorrir.

fevereiro 18, 2008

Perdidas na noite

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Estou órfã. Acabaram os ensaios das escolas de samba e agora fiquei assim, sem eira nem beira, querendo mais carnaval e nada.

A título de informação (já que fiquei aguardando fotos para ilustrar o post e até agora não recebi) o recorde foi realmente batido. Depois da X-9 rolou Gaviões, Rosa, Mancha e Vila Maria. Aeee! Carnaval foi uma delícia, mas como dizem alguns amigos: “O que acontece no rolé, morre no rolé”. Então, melhor deixa quieto.

Enfim, voltemos a meu presente órfão. Fim de horário de verão, um sábado com duas meias-noites é dia de estar na rua, of course! Mesmo sem ensaios ou idéia de uma balada boa (sábado é o pior dia em São Paulo, não tem jeito) partimos eu e uma amiga para o bar Empanadas, na Vila Madalena. Afinal, se uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor, imagina no sábado à noite rsrsrs

É, o lugar não é exatamente aquilo que poderíamos chamar de esconderijo de pessoas bonitas, mas a comida é boa e guess what? Aceitam cartão de refeição (pobre é foda)!

Ficamos lá, pensando, botando o papo em dia, de vez em quando olhando o SporTV transmitir o Campeonato Africano e tentando descobrir que diabos de jogo do Brasil tinha aquele dia que não estamos sabendo, coisa que soube no dia seguinte que se tratava da seleção canarinho da JAMAICA, God! É minha amiga também tem alma de loira.

A noite estava fraca. Apesar das pernocas de fora naquele calor dos diabos nenhum cavalheiro nos abordou ou ofereceu gentilmente algum drink dessa vez, com exceção de um trio de tiozinhos barrigudos que nos pararam na porta, mas aí não vale, né?

Apesar disso, um evento Mastercard fez com que ganhasse o dia. Cenário: Banheiro feminino. Ouvi um “tu” da amiga do lado. Minhas anteninhas ficam ligadas, jamais fico imune a um “tu”.

Perguntei: “Tu é da onde? E a colega respondeu: “Do Espírito Santo”.
“Ah! Então esse teu tu é de carioca”, disse eu, sem noção e medo de apanhar zero, como se percebe. Por sorte ela não se abalou e perguntou de onde eu era.
“Sou gaúcha”, disse.
“Modelo? Veio tentar a sorte em São Paulo?”, disse a capixaba.

Olha, se fosse um homem juraria que não passava de uma cantada barata, mas se a mina não era lésbica então acho que foi um comentário sincero (e ingênuo e talvez bêbado, pessoas não enxergam direito nessas condições), mas valeu.

Dei tchau a amiga antes de deixar o banheiro que por sorte estava num momento de privacidade atrás da porta, senão era o risco de ganhar um beijo depois dessa.

E a noite? Continuou fraca, mas engraçada, numa balada eletrônica, bem longe das rodinhas de samba. Mas como dizem alguns amigos: “O que acontece no rolé, morre no rolé”. Então, melhor deixa quieto.

fevereiro 01, 2008

Humor negro pré-carnaval

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Tá, eu amo carnaval, mas algumas notícias mexeram comigo nesse momento. É mais forte do que eu, então vamos lá:

1) Beto Carrero morreu hoje, aos 70 anos, durante uma cirurgia no Sírio-Libanês. Ok, very sad, mas o espantoso mesmo é aos 70 ANOS??? Ele deveria fazer propaganda, no mínimo, do Grecin 2000. Oh, God!

E o nome que constava na identidade do empresário era João Batista Sérgio Murad. Hein? Tudo a ver com Beto e Carrero, claro! Ainda tenho minhas dúvidas se não estão enterrando o cara errado, anyway.

2) Mais alguém aí tá se coçando pra soltar uma piadinha maldosa sobre o caso do mau uso do cartão corporativo da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro? Foram R$ 171 mil incluindo compras no Free Shop, carai!

Beijinhos e boa folia para todos!

janeiro 30, 2008

Resposta à piadinha infame

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Amigos, não resisti. Tive que reproduzir a troca de e-mails da galera nessa semana. Leiam a piadinha machista enviada por um "XY" desavisado e, na seqüência, o troco da mulherada:


CASAL Perfeito
Era uma vez um homem perfeito que conheceu uma mulher perfeita. Namoraram e um dia se casaram. Formavam um casal perfeito. Numa noite de Natal, ia o casal perfeito, por uma estrada deserta, quando viram alguém no acostamento pedindo ajuda. Como eram pessoas perfeitas, pararam para ajudar.

Essa pessoa era nada mais nada menos do que Papai Noel, cujo trenó havia enguiçado. Não querendo deixar milhões de crianças decepcionadas, o casal perfeito se ofereceu para ajudá-lo a distribuir os presentes. O bom velhinho entrou no carro e lá foram eles. Infelizmente o carro se envolveu em um acidente e somente um dos três ocupantes sobreviveu.

Pergunta: Quem foi o sobrevivente do trágico acidente? A mulher perfeita, o homem perfeito ou o Papai Noel? (leia mais abaixo)
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Resposta: A mulher perfeita sobreviveu. Na verdade, ela era a única personagem real dessa história. Todo mundo sabe que Papai Noel e homem perfeito não existem.
Se você é mulher, pode fechar a mensagem, * a piada acaba aqui. (Homens podem continuar lendo abaixo)
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Agora, se Papai Noel não existe, nem homem perfeito, fica claro que quem dirigia era a mulher - o que explica o acidente...Se você é mulher e leu até aqui, fica provada mais uma teoria: mulheres são curiosas, metem o bedelho onde não são chamadas e são incapazes de seguir instruções.

Resposta:

Tsic, tsic. Perdoem-me rapazes, mas essa história é completamente fantástica. Uma mulher perfeita JAMAIS estará sozinha numa estrada deserta, principalmente se tratando de uma noite de Natal.
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Minha pergunta é: e o homem (in)perfeito, era gostoso? Aí quem sabe ela até possa ter perdido uns 5 minutos com um banana, que infelizmente não sabe nem dirigir um carro.
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Outra possibilidade é que nem o palhaço fantasiado de papai noel, nem o banana gostoso, tenham se entendido com o caminho certo, não quiseram parar para pedir informação, nem deixar a mulher perfeita dirigir com medo de ferir seus orgulhos de machos viris e na indecisão de pegar a direita ou a esquerda deram com a cara no poste, os imbecís. A mulher se salvou porque era a única que respeitava as leis do trânsito e usava cinto de segurança.

Bjus,

Paula Pereira




janeiro 10, 2008

Aberta a temporada do samba!

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“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é...” E a sujeita aqui ama uma batucada. O combinado saiu da promessa e ganhou a quadra da X9, abrindo oficialmente o circuito de visitas às escolas de samba de São Paulo (pois é, dizem que paulista não tem muito jeito pra coisa, mas não é que até estão fazendo bonito?).

Nada como a vibração de uma bateria para lavar a alma e o resto do corpo, diga-se de passagem, ô coisinha que faz a gente derreter.

Há anos que tenho a vontade de visitar a maioria das escolas antes do carnaval. Mais ou menos como assistir os indicados antes do Oscar. Pra variar, nunca consegui nenhum dos dois. No samba foram no máximo duas quadras no mesmo ano.

E o prazo desta vez é curto. Apenas duas semanas até o carnaval, mas bora tentar. Quem sabe esse ano consigo bater o recorde e chegar pelo menos a três rsrsrs

As eleitas, a priori: Gaviões da Fiel, Mancha Verde, Mocidade Alegre, Pérola Negra e Vai-vai.

janeiro 07, 2008

Promessas de um futuro bom

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Tá bom. Eu estive ausente. Mas esqueçamos as derrapadas do ano passado. Ano novo, vida nova, tempo de renovações e de renovar os compromissos e as promessas. Ressussitar este blog tá na lista de resoluções de 2008. Vai, confiem em mim. Como diria Zambiasi "Eu quero, eu posso e eu vou conseguir", não é?

Acabo de voltar a trabalhar. Sem e-mails, sem telefone, sem chefe, mas tudo bem, deixamos as queixas de lado. Reclamar menos também faz parte das promessas do ano. Afinal, para a maioria dos problemas que nos incomodam nós mesmos somos os portadores da solução. Agir mais, queixar-se menos, got it?

Passei a noite pensando nisso. Aliás, colocando na ponta do lápis, porque é só listando mesmo que consigo mais ou menos seguir um plano de metas. Tipo um check-list, sabe?

E são metas audaciosas. Acho que será necessário duas Paulas para dar conta de tudo, mas antes tê-las no papel, para me lembrar que elas existem, não é mesmo?

Tinha achado 2007 um ano de merda, até o momento que coloquei tudo na balança e vi que tava na hora de encarar a vida com mais otimismo. Tá, ele poderia ter sido melhor. Assim como tudo é passível de piorar ou melhorar, mas foi bom.

Para minha surpresa muitas das metas traçadas foram alcançadas e eu nem tinha me dado conta. Porém, a maior de todas as conquistas foram os amigos. Bons e verdadeiros amigos que surgiram de onde eu menos poderia esperar.

Afinal, a gente vive rodeada de gente, mas são poucos os que realmente se pode contar. A sensação de desamparo de amigos em São Paulo finalmente foi embora. Outras coisas boas também vieram e muitas outras certamente virão.

O blog volta à ativa e eu deixo no primeiro post esse conselho. Faça mais do que se gosta, seja mais presente, curta e valorize mais a quem se ama, olhe com mais otimismo e gratidão as pequenas boas coisas da vida e principalmente espere menos pela felicidade. É só prestar bem a atenção. Ela está aí.

Feliz 2008 para todos!