fevereiro 25, 2008

Merdas acontecem

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Acabei de devorar um pacote de M&Ms inteirinho, mas o que eu estava precisando mesmo era entrar no clima de Mentos. Aquele coisa de “merdas acontecem, mas sorria”, sabe? Levar a zica na esportiva, ignorá-la, ficar inabalável a qualquer tremor, sem descer do salto.

Afinal, eu sou uma pessoa que pensa positivo, mas quando coisas chatas acontecem na seqüência, haja bom humor pra soltar aquele sorriso amarelo e achar tudo lindo, tudo bem.

Quando o assunto é carro, por exemplo. Até consigo encarar o trânsito infernal de São Paulo com parcimônia, mas quando um cegueta dá ré no estacionamento da padaria e bate no teu carro aí começa a esquentar o clima. Isso foi na terça-feira. Olhei, não foi nada. Deixei a moça distraída ir embora numa boa.

Depois foi a vez dos meus sapatos. Primeiro arrebentou meu chinelo, que já era pouca merda mesmo, mas o que doeu foi ver irrecuperáveis dois dos meus calçados prediletos. Tá isso pode parecer fútil, mas eles significavam muito para mim. Eram legítimos coringas, que se foram de uma vez só num momento em que o extrato da minha conta bancária me diz que não é aconselhável renovar meu humilde estoque de saltinhos agora.

Pelas baladas ruins vou passar batido, nem vou usar para engrossar a lista de zicas, de repente uma delas que rendeu até barraco conto em outra oportunidade, mas o que interessa agora é a segunda grande dor dessa semana, um evento que envolve dois carros e uma coluna.

Olha, se isso aqui fosse escrito em papel já estaria borrado de lágrimas nesse instante, porque dá vontade de chorar só de lembrar! Fui eu feliz e faceira visitar papi e mami nesse domingo, comentar as novidades, matar a saudade, assistir e discutir banalidades do Fantástico e do Big Brother.

No que entro na garagem de sempre, uma surpresa. Um carro estacionado no meio do caminho, que já era uma curva fechada em “S”, chatinha de passar. “Ok, eu sou pilota. Manobro um pouquinho aqui e tá tudo certo”, pensei. Errado! Meu freio falhou, o carro deslizou para trás e a lateral direita foi pro saco e hoje guarda lembranças em profundos arranhões do preto e branco da coluna.

Que raiva! Bom, eu já falei do meu extrato, né? E que não tenho seguro? Não? Pois é. Imagina a alegria com que entrei pra matar a saudade. Só pensava em xingar o síndico e apedrejar o carro do vizinho, que misteriosamente ocupava uma vaga legítima, nunca antes usada ou vista. Acho que recém criada pra abrigar aquele veículo infeliz no meio do caminho.

Hoje é segunda-feira. Finalmente ia renovar meu passaporte, uma demanda parada há uns sei lá, dois anos, acho. Fui para o prédio da Polícia Federal na Lapa. Trânsito de pré-feriado em plena segunda-feira, mas ok, como disse, já aprendi a ter mais paciência com esse problema.
Mais de uma hora depois achei ao endereço com tranqüilidade (pilota, enfim, apesar do amassado sugerir o contrário!) Praticamente sem um puto no bolso, não tinha como estacionar nos mercenários da redondeza que cobravam R$ 8 por ½ hora!!! Um absurdo. Tive que convencer o tiozinho que cuidava de carros na rua a dar uma olhada com carinho e um preço camarada.

Lá fui eu, num calor de 29 graus, sobre um saltinho reserva que me restava, com todos os documentos na mão para resolver aquilo. Cheguei lá e adivinha? Meu agendamento não constava. God! Perdi meu tempo e meus últimos tostões. Fiquei com o saldo total de cinco centavos na bolsa.


Bora para o trabalho! Atrasada, obviamente, com uma tendinitezinha chata na mão direita, uma matéria para entregar, um e-mail desagradável na caixa de entrada e muita persistência numa tentativa sobre-humana de respirar fundo, chupar um drops, e aí quem sabe sorrir.

fevereiro 18, 2008

Perdidas na noite

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Estou órfã. Acabaram os ensaios das escolas de samba e agora fiquei assim, sem eira nem beira, querendo mais carnaval e nada.

A título de informação (já que fiquei aguardando fotos para ilustrar o post e até agora não recebi) o recorde foi realmente batido. Depois da X-9 rolou Gaviões, Rosa, Mancha e Vila Maria. Aeee! Carnaval foi uma delícia, mas como dizem alguns amigos: “O que acontece no rolé, morre no rolé”. Então, melhor deixa quieto.

Enfim, voltemos a meu presente órfão. Fim de horário de verão, um sábado com duas meias-noites é dia de estar na rua, of course! Mesmo sem ensaios ou idéia de uma balada boa (sábado é o pior dia em São Paulo, não tem jeito) partimos eu e uma amiga para o bar Empanadas, na Vila Madalena. Afinal, se uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor, imagina no sábado à noite rsrsrs

É, o lugar não é exatamente aquilo que poderíamos chamar de esconderijo de pessoas bonitas, mas a comida é boa e guess what? Aceitam cartão de refeição (pobre é foda)!

Ficamos lá, pensando, botando o papo em dia, de vez em quando olhando o SporTV transmitir o Campeonato Africano e tentando descobrir que diabos de jogo do Brasil tinha aquele dia que não estamos sabendo, coisa que soube no dia seguinte que se tratava da seleção canarinho da JAMAICA, God! É minha amiga também tem alma de loira.

A noite estava fraca. Apesar das pernocas de fora naquele calor dos diabos nenhum cavalheiro nos abordou ou ofereceu gentilmente algum drink dessa vez, com exceção de um trio de tiozinhos barrigudos que nos pararam na porta, mas aí não vale, né?

Apesar disso, um evento Mastercard fez com que ganhasse o dia. Cenário: Banheiro feminino. Ouvi um “tu” da amiga do lado. Minhas anteninhas ficam ligadas, jamais fico imune a um “tu”.

Perguntei: “Tu é da onde? E a colega respondeu: “Do Espírito Santo”.
“Ah! Então esse teu tu é de carioca”, disse eu, sem noção e medo de apanhar zero, como se percebe. Por sorte ela não se abalou e perguntou de onde eu era.
“Sou gaúcha”, disse.
“Modelo? Veio tentar a sorte em São Paulo?”, disse a capixaba.

Olha, se fosse um homem juraria que não passava de uma cantada barata, mas se a mina não era lésbica então acho que foi um comentário sincero (e ingênuo e talvez bêbado, pessoas não enxergam direito nessas condições), mas valeu.

Dei tchau a amiga antes de deixar o banheiro que por sorte estava num momento de privacidade atrás da porta, senão era o risco de ganhar um beijo depois dessa.

E a noite? Continuou fraca, mas engraçada, numa balada eletrônica, bem longe das rodinhas de samba. Mas como dizem alguns amigos: “O que acontece no rolé, morre no rolé”. Então, melhor deixa quieto.

fevereiro 01, 2008

Humor negro pré-carnaval

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Tá, eu amo carnaval, mas algumas notícias mexeram comigo nesse momento. É mais forte do que eu, então vamos lá:

1) Beto Carrero morreu hoje, aos 70 anos, durante uma cirurgia no Sírio-Libanês. Ok, very sad, mas o espantoso mesmo é aos 70 ANOS??? Ele deveria fazer propaganda, no mínimo, do Grecin 2000. Oh, God!

E o nome que constava na identidade do empresário era João Batista Sérgio Murad. Hein? Tudo a ver com Beto e Carrero, claro! Ainda tenho minhas dúvidas se não estão enterrando o cara errado, anyway.

2) Mais alguém aí tá se coçando pra soltar uma piadinha maldosa sobre o caso do mau uso do cartão corporativo da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro? Foram R$ 171 mil incluindo compras no Free Shop, carai!

Beijinhos e boa folia para todos!