abril 29, 2006

Camisas da Copa


Apesar de não ser gay andei tomando muita Pepsi e whisky nas últimas 24 horas. Faltava uma. Só uma tampinha para completar as cinco necessárias para trocar pela camiseta da Seleção, do guaraná Antártica.

Quer maneira mais gostosa de ficar uniformizado que bebendo? Pena as tampinhas de cerveja não valerem. Aliás, acho que merece um registro no SAC da Ambev! Pra quem só bebe refrigente em festinha de criança é muito difícil juntar esse montante. Tudo bem, nada que não se resolva. Fiz todo mundo beber vodka com Soda, whisky com o guaraná, pinga com Pepsi e Sukita pra curar a manguaça.

Gostei da humildade da Antártica. Antes que alguém perceba e diga "ih, não se parece muito com a camiseta do Pelé", a própria fabricante já incluiu um mea culpa em todas as peças. Pode olhar que tá lá, logo abaixo do número a inscrição em letras garrafais: "NINGUÉM FAZ IGUAL"

Gauchada, não se espante! Sim, a promoção existe. Fomos excluídos. Quem mandou trocar anos de Pepsi pela Coca-cola? O sul ficou de fora, paciência. Não é lá aquele espetáculo de camiseta, mas nada que se desintegre na primeira lavada. É uma boa promoção. E legítima, afinal não tem refrigentante mais brasileiro que os das frutinhas amazonenses.

A campanha mais legal ainda é a da Jontex: "Vista a camisa e vá para a Alemanha com Jontex!" Imagina os insights engraçadinhos que a equipe de criação não teve. Coisas do tipo: "Curta uma pelada e vá para Copa com Jontex!" Ai ai, são nessas horas que até me dá vontade de ter feito publicidade.

Enfim, acabo de descobrir que a promoção terminou. Ontem, para ser mais exata. É pessoal, agora não adianta mais juntar códigos de barra e esperar para correr pro abraço na Deutschland depois de um "bimba na gorduchinha".
Mesmo assim, quem quiser conferir a propaganda que rolou na MTV dá para ver no site (no bom sentido, viu?). Olha lá: http://www.jnjbrasil.com.br/jontex/campanhas.asp


abril 22, 2006

Fim da festa


Acabou a xeretagem anônima! O Orkut passou a mostrar quem foram as últimas pessoas a visualizarem o seu perfil. Não é lindo isso? Mais privacidade no orkut (para a vítima, claro heheh) Agora dá para cobrar da oposição. "E aí? O que você queria no meu orkut?" Ou daquela pessoa, digamos, interessante.

E as empresas de RH? Dará para saber se o usam como fonte alternativa de consulta também. Será que os headhunthers vão ganhar rostos? Quem sabe até ameaças?

A ver, a ver. O fato é que a festa acabou. Quemm xeretar estará dando a cara para bater. Achei ótimo!

abril 14, 2006

Mel...da

Acordei sentindo um cheiro de merda tremendo. Era tão forte, mas tão forte que chequei mais de uma vez se nenhum acidente noturno havia me ocorrido. Que péssima maneira de começar o dia!

Era a Mel. Uma poodle que sofreu um desarranjo na madrugada. Por sorte saí do quarto calçando um chinelo. A pobre havia deixado rastros por toda a casa.

Por mais perfume que se pusesse não adiantava. O ambiente já está impregnado e o olfato viciado naquele maldito fedor. Minha irmã, que planejava ir para o trabalho comendo um chocolate, desistiu. Olhou o excremento no chão e o aspecto do ovo de páscoa em sua mão e não teve estômago. Devolveu-o a seu lugar. Saímos. No final do dia, tudo cheirava a lavanda.

abril 11, 2006

Olha o chicote!


Blogueiros e hereges de plantão: morram de inveja! Estou trabalhando com a mente brilhante ou doente, quizás até demoníaca, dependendo do ponto de vista de alguns leitores, enfim com o jornalista por trás (ou à frente, vai saber hehehe) do famoso blog Jesus, me chicoteia!, Marco Aurélio dos Santos.

Para quem curte ou ainda não conhece fica o link aí do lado a partir de hoje. Buenas, me despeço parafraseando Pernalonga, antes que sobrem chicotadas para mim.

That's all, folks!


abril 10, 2006

Porto Alegre é demais!


Não imaginava tão bonita, nem tinha percebido um domingo tão sonoro e agradável como o daquela tarde ensolarada no brique, no coração do Bom Fim. No coração de Porto Alegre.

Realmente era verdade. Fui testemunha mais que ocular da cegueira que nos ocorre quando estamos habituados a um lugar. Tão qual a embriaguez que nos deixam os perfumes a ponto de causar enjôo até a melhor das fragrâncias.

Precisei pegar emprestado os olhos de turista. Passar um bom tempo fora e então enxergar, com meu olhar revigorado e saudosista, receber com intensidade todas as impressões que me deixavam cada canto da cidade por onde passei. Vasculharam minha memória, eu confesso. Sem eu pedir ou querer, num processo involuntário, mas prazeroso; de redescoberta.

Passeava eu ali. Entre gremistas e colorados com mate em punho. Entre as tribos que só vejo se mesclarem no Parque da Redenção, coisa que não vejo outra explicação senão a própria sugestão do nome quejá avisa ser ali um terreno livre, sem espaço para hostilidades.

Não enconcontrei nenhuma celebridade descabelada levando o cachorrinho pra fazer cocô na rua, mas amigos. Muitos amigos. Quase 50. Em Porto Alegre se vê gente que se conhece. Que não abana por simples simpatia ou cinismo ou para manutenção de seu eleitorado, mas porque de fato te reconhece. E é tão bom!

Porto Alegre não tem a quantidade de opções culturais que Sampa oferece, mas os programas que existem são devorados com voracidade. Como a terça-feira, a primeira de tantas em que finalmente pisei no bar Ocidente para assistir ao tradicional sarau. E o céu! Como esquecer do céu, que não fica cinza nem em dia de chuva. Do jeitinho que dizia a música. "A minha terra tem o céu azul. É só olhar e ver."

Vou sentir saudades. Provavelmente mais que antes. Por motivos distintos dos que me faziam sentir saudades outrora. O que alivia o aperto no peito é a certeza de que quando voltar, levarei novamente a lucidez dos olhos de turista para então gozar de estar em Porto Alegre como ela merece. Como sempre deveria ser.