dezembro 31, 2006

Obrigada!

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Não vou escrever nenhum texto engraçadinho desta vez. Estou aqui para agradecer. Às vezes a gente esquece de dizer obrigada, de botar pra fora a gratidão e felicidade que tenho com cada comentário que vocês deixam por aqui, com cada clique que meu contador delata. É isso aí, muuuuito obrigada a todos que de alguma forma fazem parte desse universo do Balaio! Anônimos, velhos conhecidos, novos leitores, são todos muito especiais.

Peço licença, mas eu pre-ci-so destacar algumas pessoas que foram cruciais na história desse blog:

Ju, se não fosse você ter posto aquele primeiro comentário anônimo lá no comecinho do Balaio eu não saberia que tinha leitores e talvez não seguisse escrevendo. Thanks do fundo do coração! Sei que agora você está apaixonada e não tem mais tempo para mim, mas te desejo toda a felicidade do mundo mesmo assim.

Lia, minha colega no Gente, foi horrível!, graças a indicação dessa louca que só tinha me visto uma vez na vida, numa dinâmica de grupo que eu caí de pára-quedas, hoje eu tenho um ganha-pão. Linda, você sabe que é meu anjo da guarda! Tudo de bom, mil beijos pra ti!

Giba, outro anjo, outro louco. Eu, recém-formada, não tinha currículo em jornalismo e este homem leu o blog, gostou dos textos e apostou em mim. Um ola para o coolhunter do ano! Muito sucesso, Giba, sou tua fã e vou ser eternamente grata!

Marcão, o que dizer desse evangelizador, gerador de tendências na blogsfera? Depois que incluiu nos links e comentou sobre o Balaio S/A no Jesus, me chicoteia! causou o milagre da multiplicação dos cliques por aqui, uma bênção!

Mariana, essa guria nem me conhece pessoalmente, mas sabe-se lá o porquê achou o blog interessante e incluiu no seu TCC de jornalismo da USP. Obrigada, querida! Me sinto lisonjeada com a participação.

Christian, “namoradinho” hahaha! Descobri esse ano o amigão que tu era. O teu crédito no meu TCC tá guardado, mas já adianto meus agradecimentos aqui por toda a força que me deu, me ajudando a resolver problemas “técnicos” e me resgatando pelas confusas ruas de Guarulhos. Obrigadão!

Eu não inspirei o David Coimbra perambulando pela redação da Zero em 2004, mas surpreendentemente ouvi de algumas pessoas que se inspiraram na minha experiência com o Balaio para se aventurarem no mundo dos textos. Fico muito satisfeita de ter dado, mesmo sem querer, esse empurrãozinho.

Coleguinhas ativas de blog: Gabi, Jé, Rô. Gente, foi liiiindo! Heheheh Deus me livre fazer fofoca, mas o nosso blog foi um sucesso, “o mais engraçado dos últimos tempos”, segundo a Anna.

Pessoal, todo mundo é muito importante para mim. Gostaria de agradecer a cada um se fosse possível, mas não faço idéia de quem acessa o blog. Pra tentar acabar um pouco com esse anonimato, proponho uma espécie de guestbook 2006. Quem passou por aqui em esse ano deixa um recadinho nos comentários ou me envia um e-mail mesmo. Um mero oi é basta para deixar essa blogueira contente.

Feliz 2007 para todos nós!

dezembro 26, 2006

Eu, musa

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Chegando próximo ao final do livro me dei conta de que poderia ser uma das personagens. Corri para ver a data de publicação nas primeiras páginas. Estava lá escrito: Ano 2005 e informava na mesma página: “Essas crônicas forma publicadas no jornal Zero Hora entre janeiro de 2003 e agosto de 2005”.

Puxa! Eu realmente tinha alguma chance de ser personagem daquele livro. Havia passado uma temporada acompanhando a redação da Zero em 2004, às vésperas das eleições. Monografia do curso de jornalismo da saudosa Famecos. Trabalho duro aquele. Tinha que passar uma semana conferindo a origem das pautas do jornal e o que, de fato, ganhava as páginas no dia seguinte. Passei mais tempo na Geral, mas conversava todo o dia com o editor e/ou pauteiro de sete editorias, entre elas, a de Esporte.

Lembro de já ter visto o David Coimbra por lá, mas não sei se nessa oportunidade. Não menbro de termos sido apresentados e tampouco de termos conversado, enfim, eu não fui uma presença feminina relevante que tivesse chamado a atenção do cronista e editor de esportes.

Passei uma semana. Uma semana! Uma loira intrusa fazendo perguntas durante uma semana interia e ele nem bola. Jamais havia cogitado a hipótese de atrair a observação dele antes, mas ao ler aqueles relatos de redação no livro Mulheres!, ah! Por um segundo essa idéia passou pela minha cabeça, me deixando excitada com a possibilidade de ser de alguma forma imortalizada naquele livro. Eu? Em uma crônica publicada em livro? Que ia além dos recortes amarelados de jornais e poderia ser guardado na estante e mostrado para os netos um dia? Era boa essa idéia, ah! Era boa!


Pronto. Passou a sensação. Eu não estava lá. Não fui musa. Não inspirei o David. Imagino quantas outras mulheres bem mais ilustres também não se procuraram naquelas páginas e tiveram essa doce ilusão. Parabéns David! Guardarei outras cousas de mimo para a posteridade.

dezembro 25, 2006

O Jaime

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Quase toda a semana ia lá, fazer a mão no salãozinho da Vila Mascote. Ambiente agradável, bom atendimento. Os mesmos rostos de sempre. A mulherada da vizinhança, as recepcionistas, as manicures, as esteticistas, as meninas do cabelo, um templo 100% feminino se não fossem os três ou quatro homens que também empunhavam tesouras por ali.

Alegres, diga-se de passagem. Como geralmente são. Falando fino, com um gingado nas cadeiras e a trocar os últimos babados com as clientes entre uma tesourada e outra. Gente finíssima! Um barato estar em sua presença.

Um deles, porém, parecia diferente. Era mais quieto, sei lá, discreto talvez. Reparei que às vezes reparava em mim. Estanho, mas tive essa impressão. Quem sabe enxergasse era aos meus cabelos com olhos de pintor frente a uma tela virgem pronta para imprimir sua arte. Ou como uma mocréia. Sim, é comum que achem que somos umas mocrécias. Talvez morresse de ódio por eu não explorar o potencial infinito de possibilidades que uma mulher pode adotar nas madeixas. Um desperdício!

Mas não. Parecia me lançar olhares heteros. Olhares não profissionais, sutis, é verdade, mas miradas de homem. Será que ele não é? Dá próxima vez perguntaria à minha manicure. Pronto, estava decidido. Era isso que faria. Com uma monossílaba ela desvendaria aquele mistério de uma vez por todas.

Chegou o dia. Ensaiei puxar o assunto com ela uma, duas, três vezes. Desisti. Ele estava muito perto e ouviria. Com certeza ouviria e eu ainda teria que explicar o porquê de estar interessada naquela informação. – “Curiosidade” – diria eu em vão, mas ninguém ia acreditar. Então receberia olhares recheados de malícia de toda a equipe do salão e nunca mais poderia pôr meus pés naquele recinto tamanho o embaraço. Não, aquela não era uma boa idéia.

Fui embora com a dúvida de sempre, frustrada e covarde. Entrei em casa ainda cuidando para não borrar as unhas. Meu pai me viu e lembrou que tinha esquecido de cortar o cabelo:

- Que merda! Liga para o Jaime e vê se ele tem hora para quarta – disse.

- Qual deles é o Jaime? - Perguntei para minha mãe.

- Ah! O único que é macho, do cavanhaque, sabe?

Sim. Eu sabia! Eu sabia! Não estava ficando louca. Respirei feliz, aliviada. Ainda havia heteros incorruptíveis até nos meios mais vulneráveis.

dezembro 17, 2006

Dois dedinhos de prosa

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Homens, comemorem! Eis aqui mais uma desculpa para convencer quem quer que seja às práticas de sodomia. Dar o fiofó evita hemorróidas! Sinceramente não sei da veracidade dessa informação, mas foi o que uma amiga ouviu de um proctologista. Unbelievable!

Foi lá, coitada, sofrendo do problema, mal podendo sentar, e então sujeita àquele constrangimento durante a consulta, teve que ouvir do médico a infeliz observação: “Você não pratica sexo anal, certo?” Gente, que horror, dá pra ver até nesse estado!

Reprimindo-a, disse que o exercício era saudável e que evitava a aparição do “incomodo”. Ela ficou surpresa com a tal notícia e eu também. Sempre pensara que fosse o contrário. Enfim, levou um quase puxão de orelha do médico, um sermão às avessas, diria.

Ensaiei a possibilidade de contatar alguns proctologistas para checar se a informação era fidedigna, mas não tive coragem. Invés disso, busquei no bom e velho Google. Nada atestava a informação.

De qualquer forma, vou tentar descolar os contatos do cara. Maridos, namorados e afins, fiquem espertos! Se eu conseguir publico aqui. Imagina com receita! Isso que é ganhar credibilidade na ladainha!

dezembro 06, 2006

Aviso

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É gente! A vida tá dura e os filhos da bandidagem não podem ficar sem presente. Natal tá aí, não pode faltar birita no reveillon e, claro, os caras precisam fazer um caixa para tirar os três meses de férias merecidas no litoral. Enfim, contribuição do amigo Christian Gois.