fevereiro 18, 2008

Perdidas na noite

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Estou órfã. Acabaram os ensaios das escolas de samba e agora fiquei assim, sem eira nem beira, querendo mais carnaval e nada.

A título de informação (já que fiquei aguardando fotos para ilustrar o post e até agora não recebi) o recorde foi realmente batido. Depois da X-9 rolou Gaviões, Rosa, Mancha e Vila Maria. Aeee! Carnaval foi uma delícia, mas como dizem alguns amigos: “O que acontece no rolé, morre no rolé”. Então, melhor deixa quieto.

Enfim, voltemos a meu presente órfão. Fim de horário de verão, um sábado com duas meias-noites é dia de estar na rua, of course! Mesmo sem ensaios ou idéia de uma balada boa (sábado é o pior dia em São Paulo, não tem jeito) partimos eu e uma amiga para o bar Empanadas, na Vila Madalena. Afinal, se uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor, imagina no sábado à noite rsrsrs

É, o lugar não é exatamente aquilo que poderíamos chamar de esconderijo de pessoas bonitas, mas a comida é boa e guess what? Aceitam cartão de refeição (pobre é foda)!

Ficamos lá, pensando, botando o papo em dia, de vez em quando olhando o SporTV transmitir o Campeonato Africano e tentando descobrir que diabos de jogo do Brasil tinha aquele dia que não estamos sabendo, coisa que soube no dia seguinte que se tratava da seleção canarinho da JAMAICA, God! É minha amiga também tem alma de loira.

A noite estava fraca. Apesar das pernocas de fora naquele calor dos diabos nenhum cavalheiro nos abordou ou ofereceu gentilmente algum drink dessa vez, com exceção de um trio de tiozinhos barrigudos que nos pararam na porta, mas aí não vale, né?

Apesar disso, um evento Mastercard fez com que ganhasse o dia. Cenário: Banheiro feminino. Ouvi um “tu” da amiga do lado. Minhas anteninhas ficam ligadas, jamais fico imune a um “tu”.

Perguntei: “Tu é da onde? E a colega respondeu: “Do Espírito Santo”.
“Ah! Então esse teu tu é de carioca”, disse eu, sem noção e medo de apanhar zero, como se percebe. Por sorte ela não se abalou e perguntou de onde eu era.
“Sou gaúcha”, disse.
“Modelo? Veio tentar a sorte em São Paulo?”, disse a capixaba.

Olha, se fosse um homem juraria que não passava de uma cantada barata, mas se a mina não era lésbica então acho que foi um comentário sincero (e ingênuo e talvez bêbado, pessoas não enxergam direito nessas condições), mas valeu.

Dei tchau a amiga antes de deixar o banheiro que por sorte estava num momento de privacidade atrás da porta, senão era o risco de ganhar um beijo depois dessa.

E a noite? Continuou fraca, mas engraçada, numa balada eletrônica, bem longe das rodinhas de samba. Mas como dizem alguns amigos: “O que acontece no rolé, morre no rolé”. Então, melhor deixa quieto.

Um comentário:

Babi disse...

Hehehehehe
Muito boa!!!
Também vou praí dizer que eu sou gaucha :)