julho 24, 2006

Corazón

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O espanhol é mesmo uma delícia. Meu primo acaba de voltar de uma temporada em Barcelona e me trouxe castanholas. No manual (acreditem, veio com manual em cinco idiomas!) explicava como tocar aquele negócio com o nome de cada dedo. Difícil pra caramba!

Sabem o que descobri? Aquele dedo simpático com o qual mandamos o povo se foder se chama “corazón” em espanhol. Não é lindo?

julho 23, 2006

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

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Estive no Mc Donald´s essa semana e pra variar li aquela toalhinha de papel que eles põem na bandeja (que graças a Deus não era mais a da Copa).

Gostei da toalhinha. Politicamente correta, com 52 dicas de “Como salvar o mundo fazendo coisas simples”. Bem, algumas nem tão simples, outras imbecis, mas tinha umas úteis. O que mais me chamou a atenção foi as que incentivavam a não consumir produtos de fabricantes que não estavam alinhados a políticas ambientais.

A última ainda dizia “Estimule as pessoas à sua volta a terem mais consciência ecológica, repassando todas essas dicas”. Bonito discurso. Faria um ola para o fast food se não me parecesse um tanto hipócrita. Lembrei na hora que há pouco mais de três meses a rede foi alvo de protestos do Greenpeace na Europa justamente por comprar frango da Sun Valley alimentado com soja plantada ilegalmente na Amazônia. No relatório da ONG intitulado “Comendo a Amazônia”, o Mc Donalds aparece como principal comprador de frango da fornecedora. Como pode uma empresa que banca o desmatamento e admite ser ciente da origem da ração dos franguinhos falar em consciência ecológica?

Que feio! Aconselhar a compra de fabricantes “verdes” quando ela mesmo não faz. A toalhinha é ótima, mas também não poderia esperar muito do Mc Donald´s que traz no verso das mesmas toalhinhas tabelas nutricionais e links para levar uma vida saudável. Um método “engajado” de lavar as mãos, não?


julho 19, 2006

Quarta é dia da picanha

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Não, não é no Carrefour, nem no açougue da esquina, mas no Panther´s Night Club! Um cartaz enorme anunciava na Avenida Santo Amaro. Trânsito parado em plena luz do dia e ele lá, na fachada da boate adormecida, ironicamente localizado quase em frente a um hortifrutigranjeiro.

Carne nobre. De primeira. Será que escolhem a mulherada que nem tomate, apalpando? E se estiver ruim? Bichada que nem goiaba? Argh!!! Melhor nem pensar.

Lendo aquela faixa lembrei de duas histórias. Já aviso, não são muito engraçadas. Uma delas é de Santa Catarina. Gaúcho adora sacanear catarinense, mas esse causo é verídico. Laguna, sul do Estado. Verão de 1999 e um açougue. Mami pede guisado (carne moída, o famoso boi ralado catarinense). Preço bom, cara boa, apesar da etiqueta dizer que era de segunda. Eis que frente ao interesse o açougueiro aumenta o valor:

- Ah! Esse é mais caro.
- Por que?
- É quase de primeira.

Pode isso? Também tinha um professor de biologia no cursinho pré-vestibular, o Maia, do Universitário. Nunca me esqueço. Com mais de cem alunos com os hormônios à flor da pele, interrompia vez ou outra a aula com uma dançinha ridícula ala Velma do Scooby Doo (lembram da Velma dançando?). Dizia que todo o fim de semana a gente ia para o açougue. Explicava ele: “Aquele lugar com música alta, pouca luz onde as gurias expõem a carne, os caras escolhem e levam para o abate.”

Tá aí. Canso de ir nos açougues da vida, mas em puteiro nunca pisei. Deve ser algo muito do bizarro. Um dia faço a experiência. Que fique bem claro, é pela mais pura curiosidade antropológica! Picanha por picanha ainda fico com a da churrascaria. Onde a gente só entra com a fome e não acaba com o espeto na mão.
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Viu, eu disse que não era engraçado. Deveria ter parado no Argh!!!

julho 02, 2006

É nóis outra vez!


Pausa para a modéstia heheh Pouca gente sabe, mas o nosso quadrado mágico da faculdade - Álvaro, Deza, Fernando e eu - já levou alguns títulos. Acabei de receber o link de uma reportagem sobre o prêmio Unirádio, da FM Cultura que ficamos com o 2º lugar com a reportagem sobre o Brique da Redenção. Valeu. Só soubemos da participação quando a ex-prof Doris Haussen avisou que já estávamos na final. Gostoso saber que a PUCRS não esqueceu da gente depois da graduação.
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Ai, que saudade dos tempos do rádio na Famecos! Saudades de todo mundo. E para compartilhar minha felicidade e mostrar um pouquinho da história do nosso querido Brique da Redenção, em Porto Alegre, deixo o link da reportagem:
http://cyberfam.pucrs.br/noticias.php?id=248 Dá para ouvir o nosso trabalho também.

Foto: Brique da Redenção (Direitos reservados à Associação dos Artesãos do Brique da Redenção)

julho 01, 2006

Au revoir, Brasil!

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Graças a Deus não apostei em bolão. Chega! Vou acompanhar campeonato de bocha. Ou de punhobol, de peteca, whatever. Quem sabe assim, sem esses salários astronômicos e com mais garra eu consiga ser uma torcedora feliz.

Que vergonha! Assistir o Brasil perder para a França dói, viu. Tudo bem que não foi nenhuma surpresa, mas dói. O mais duro foi assistir ao lado de uma torcida de franceses e ainda ter que ver os caras fazendo festa, dando cornetada no teu ouvido. Tanto bar em São Paulo eles tinham que ir justo para o que eu fui?

Não precisava ganhar, mas jogar feio é humilhante. Deixa a gente na mão porque não dá nem pra chamar o juiz de ladrão, nem se orgulhar de categoria. Que bela bosta!

Ficou freguês mesmo. Fazer o que, não? Afinal, não dava para continuar dependendo da má pontaria dos adversários. Uma hora isso ia acabar. Ainda que doloroso, foi merecido.

Au revoir, Brasil! Baixa a cabeça e volta pra casa. Quem sabe ainda dá tempo de rachar o vôo com a Argentina. E da Varig!